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BRASIL Terça-feira, 12 de Dezembro de 2017, 09:34 - A | A

Terça-feira, 12 de Dezembro de 2017, 09h:34 - A | A

"ERA PROPINA, NÃO CAMPANHA"

Braço direito de Cabral recebia R$ 150 mil para gerenciar propina

R7

Foto: Reprodução

Sérgio Cabral

 

Apontado pela Lava Jato como operador financeiro do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), Carlos Miranda afirmou durante depoimento na 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (11), que ele e os ex-secretários Wilson Carlos e Régis Fichtner, secretários de Governo e da Casa Civil de Cabral, respectivamente, recebiam cerca de R$ 150 mil mensais para administrar o suposto esquema de propina do ex-governador.

 

“Era propina, não era campanha”, declarou ele. “Tinha remuneração, premiações e bônus. Tudo em dinheiro vivo. Era cerca de R$ 150 mil por mês. [Carlos] Bezerra recebia uns R$ 30 mil, R$ 40 mil”, acrescentou.

 

Ainda de acordo com ele, “Cabral orientava os pagamentos” e decidia quem receberia o dinheiro. Miranda também informou que ele e os ex-secretários Wilson Carlos e Régis Fichtner eram os responsáveis por administrar o pagamento da corrupção. “Sérgio [Cabral] era o chefe. Wilson Carlos fazia os acordos de propina. Definia valores. Régis cuidava da parte jurídica. Eu gerenciava os recursos acertados pelo Wilson”, delatou.

 

O depoimento do braço direito de Sérgio Cabral é considerado fundamental para descobrir como funcionava o esquema de corrupção no Rio de Janeiro, pois ele é apontado como um dos colaboradores mais próximos de Cabral.

 

Ricardo Pernambuco também prestou depoimento nesta segunda. O empresário afirmou que pagava propinas mensais começaram em R$ 200 mil e saltaram para R$ 500 mil após as obras do metrô no segundo mandato de Cabral. “Quanto maior o valor do contrato, maior a propina”, alegou.

 

Pernambuco frisou ainda que os pagamentos realizados eram propinas. “Não era campanha. Era propina. Sim, exatamente isso.”

As audiências desta segunda com o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, responsável na 1ª instância pela Lava Jato no Estado, têm como foco os pagamentos de propina relacionados à empresa Carioca Engenharia.

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