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BRASIL Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2020, 08:43 - A | A

Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2020, 08h:43 - A | A

BLACK FRIDAY

Com Black Friday, vendas do comércio crescem 0,6% em novembro e setor avança pelo 7º mês seguido

G1

IBGE

Tabela Grafica

 

As vendas do comércio varejista cresceram 0,6% em novembro, na comparação com outubro, impulsionadas pelas promoções da Black Friday, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da 7ª alta mensal consecutiva do setor.

 

Já na comparação com novembro do ano passado houve alta de 2,9%, oitava taxa positiva seguida nessa comparação.

 

No acumulado no ano, o avanço das vendas do comércio chega a 1,7%. Em 12 meses, no entanto, a alta acumulada passou de 1,8% em outubro para 1,6% em novembro, o que sinaliza "perda de ritmo nas vendas", segundo o IBGE.

 

Segundo o IBGE, o volume de vendas registrou o maior patamar desde dezembro de 2016, período crítico da crise no setor, mas segue 3,7% abaixo do recorde alcançado em outubro de 2014.

 

Efeito Black Friday

 

Entre as 8 atividades pesquisadas, 4 tiveram altas, sendo que três delas foram diretamente influenciadas pelas promoções da Black Friday ocorridas em novembro, segundo o IBGE: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,1%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1%); e móveis e eletrodomésticos (0,5%).

 

“A Black Friday de 2019 foi melhor que a de 2018 para o comércio”, afirmou a gerente da pesquisa Isabella Nunes.

 

No acumulado em 12 meses, as vendas do segmento "outros artigos de uso pessoal e doméstico", que engloba as vendas online e as lojas de departamentos, registra aumento de 4,8%. Já as vendas de móveis e eletrodomésticos acumulam alta de 1,1%, apontando tendência de recuperação.

 

Por outro lado, houve queda em novembro nas vendas dos segmentos de tecidos, vestuário e calçados (-0,2%) e combustíveis e lubrificantes (-0,3%).

 

Já o setor de maior peso no índice, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,0%), ficou estável ante outubro, acumulando alta de 0,8% em 12 meses.

 

Veja o desempenho de cada segmento em novembro:

 

Combustíveis e lubrificantes: -0,3%

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 0%

Tecidos, vestuário e calçados: -0,2%

Móveis e eletrodomésticos: 0,5%

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: 4,1%

Livros, jornais, revistas e papelaria: -4,7%

Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: 2,8%

Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 1%

Veículos, motos, partes e peças: -1% (varejo ampliado)

Material de construção: 0,1% (varejo ampliado)

 

Perda de ritmo

 

A pesquisa mostra ainda que no comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, o volume de vendas caiu 0,5% em novembro, na comparação com outubro, interrompendo oito meses de crescimento contínuo. A queda foi pressionada pelo setor de veículos, motos, partes e peças (-1%), enquanto material de construção teve leve recuo (0,1%).

 

De janeiro a novembro, o varejo ampliado acumulou ganho de 3,8%. Em 12 meses, a alta acumulada passou de 3,8% em outubro para 3,6% em novembro, também sinalizando um recuo no ritmo de vendas.

 

Vendas sobem em 22 dos 27 estados

 

Regionalmente, as vendas do varejo cresceram em 22 dos 27 estados em novembro, com destaque para Roraima (9,3%), Rondônia (8,5%) e Acre (6,7%). Houve queda apenas em 5 estados, com destaque para Amapá e Rio Grande do Norte (ambos com -0,7%) e Santa Catarina e Distrito Federal (ambos com -0,6%).

 

Perspectivas

 

Apesar da recuperação ainda lenta da economia, o comércio manteve trajetória firme de crescimento em 2019.

 

Entre os fatores que têm contribuído para um maior consumo das famílias, os analistas citam a queda da taxa básica de juros (Selic), a expansão do crédito, os saques do FGTS e a melhora gradual do mercado de trabalho, ainda que que puxada pela informalidade, o que tem feito aumentar a massa salarial e o número de brasileiros ocupados e com alguma renda.

 

Apesar do bom desemprenho do comércio, dados divulgados até o momento mostram uma perda de ritmo da atividade econômica em novembro.

 

Na véspera, o IBGE divulgou que o setor de serviços teve queda de 0,1% em novembro– pior resultado para meses de novembro desde 2016. Já a produção industrial caiu 1,2% em novembro, interrompendo uma sequência de 3 altas seguidas.

 

O mercado financeiro trabalha com uma estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019 um pouco acima de 1%, após avanço de 1,3% em 2017 e em 2018%. O governo projeta uma alta de 1,12% no PIB do ano passado.

 

Para 2020, os analistas das instituições financeiras projetam um desemprenho melhor da economia, com crescimento de 2,30% do PIB, segundo a última pesquisa do Banco Central.

 

"As condições monetárias favoráveis são um importante fator de estímulo para a economia. Mas o elevado endividamento das famílias tende a limitar a recuperação do consumo via crédito; e alguns fatores que têm estimulado a demanda, como a liberação de recursos do FGTS, tendem a perder intensidade ao longo do ano", alerta a equipe da LCA Consultores.

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