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BRASIL Sexta-feira, 16 de Agosto de 2019, 08:40 - A | A

Sexta-feira, 16 de Agosto de 2019, 08h:40 - A | A

DADOS DO IMAZON

Desmatamento da Amazônia aumentou 15% no acumulado em 12 meses, diz instituto

G1

Reprodução

 

O desmatamento da Amazônia monitorado pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) aponta um aumento de 15% na área desmatada nos últimos 12 meses, em relação ao período anterior. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), responsável pelo SAD.

 

No acumulado de agosto de 2018 a julho de 2019, o desmatamento totalizou 5.054 km².

 

Somente no último mês de julho, o desmatamento da Amazônia Legal foi 66% maior do que em julho de 2018, chegando a 1.287 km ², segundo o Imazon.

 

Ou seja, 25% do desmate registrado no período foi no mês passado.

 

A área da Amazônia Legal abrange nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.

 

Enquanto o termo "desmatamento" se refere à retirada completa da vegetação (o chamado "corte raso"), a palavra "degradação" diz respeito a uma diminuição da cobertura vegetal, ou um "raleamento" das florestas.

 

A degradação costuma ser causada pela extração de madeira ou por queimadas. Segundo o Imazon, as florestas degradadas em julho de 2019 cobriram 135 km², o que representa redução de 62% ante julho de 2018, quando somaram 356 km².

 

O que é o SAD

O SAD é um dos sistemas mais usados para monitorar o desmatamento da Amazônia, juntamente ao Prodes e o Deter, que são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O SAD também usa imagens de satélites.

 

O objetivo é ter um registro mensal do desmatamento e também da degradação florestal, combinando imagens produzidas por diferentes satélites: Landsat 7, Landsat 8, Sentinel 1A e 1B e Sentinel 2A e 2b.

 

O SAD foi desenvolvido pelo Imazon em 2008 para produzir alertas independentes sobre o desmatamento.

 

Com a combinação das imagens desses satélites, o SAD observa as mesmas áreas a cada 5 a 8 dias. Nas áreas com tamanho a partir de 1 hectare, o sistema detecta desmatamentos com detalhes de 20 a 30 metros.

 

Segundo o Imazon, o sistema também monitora as florestas através de nuvens. E acompanha somente as "florestas primárias", ou seja, aquelas que não foram restauradas ou regeneradas.

 

Outros sistemas

Deter

O Deter é usado desde 2004 para detectar o desmatamento em "tempo real" em áreas maiores do que 3 hectares (30 mil m²). Faz um levantamento mais rápido do problema e gera alertas.

 

Esses avisos servem para dar apoio a ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e não devem ser entendidos como taxa mensal de desmatamento. A cobertura de nuvens, intensa na região amazônica, pode impedir que uma área de devastação seja identificada no mês que ela ocorre, e só apareça quando a visibilidade melhorar.

 

A identificação do desmatamento é feita com base no padrão de alteração da cobertura, como cor, tonalidade, textura, forma e contexto. O sistema permite classificar a alteração como desmatamento, degradação ou exploração madeireira.

 

As imagens usadas são do satélite sino-brasileiro CBERS-4 e do sensor AWiFS, que tem 64 metros de resolução espacial. O satélite indiano IRS, com 56 metros de resolução (mais uma vez, dimensões mínimas para que um desmatamento seja identificado), também é usado na contabilização dos dados.

 

Prodes

No Prodes, o levantamento é feito sistematicamente desde 1988. Ele levanta as taxas anuais de desmatamento. O Prodes é, portanto, o sistema que dá uma visão mais consolidada do problema.

 

Os cálculos ocorrem durante os períodos de seca, quando há pouca formação de chuva na região, já que as nuvens atrapalham a visibilidade dos satélites.

 

São usadas aproximadamente 220 imagens do satélite americano Landsat-5/TM, que tem de 20 a 30 metros de resolução espacial (ou seja, cada ponto da imagem corresponde a uma área de 400 a 900m²). Os mesmos pontos do mapa são revistos a cada 16 dias, para minimizar o problema da cobertura de nuvens.

 

O Prodes também usa imagens do satélite sino-brasileiro CBERS 4, lançado em 2014, e do satélite indiano IRS-2, enviado pelo governo da Índia em 2010.

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