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BRASIL Segunda-feira, 17 de Abril de 2023, 14:53 - A | A

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ao congresso nacional

Envio da proposta de nova regra fiscal será nesta terça, diz líder do governo

Informação foi confirmada pelo deputado José Guimarães em entrevista ao programa Conexão, da GloboNews. Expectativa inicial era de que envio ocorreria nesta segunda (17)

BLOG DO VALDO CRUZ

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), informou nesta segunda-feira (17) que a proposta de nova regra fiscal será enviada ao Congresso nesta terça (18). A declaração foi feita em entrevista ao programa Conexão, da GloboNews.

A expectativa inicial era que o projeto seria enviado para tramitação nesta segunda. No entanto, segundo o parlamentar, o plano foi alterado devido aos compromissos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

"Evidentemente que, como a LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] foi entregue na sexta, ainda o presidente Lula e o ministro Haddad, em agenda oficial no exterior, na China e nos Emirados Árabes, havia uma orientação para entrega hoje. A comitiva chegou pela madrugada e ainda tem agenda hoje com o ministro da Rússia, Relações Exteriores, portanto, não tem problema nenhum deixar o arcabouço, para o texto principal ser entregue amanhã. Essa é a ideia", disse.

Ainda segundo Guimarães, outro motivo para a entrega nesta terça é o fato de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), estar em viagem a São Paulo, para uma avaliação médica após passar por cirurgia.

"Portanto, [Lira] só volta após essa revisão amanhã. Deverá chegar no final da manhã em Brasília, é onde será entregue, é nesse momento que eu penso que é o melhor momento para o ministro Haddad entregar formalmente, o novo texto, o texto da nova política fiscal do país que é uma expectativa e é o tema central da semana", continuou.

Se aprovada pela Congresso, a nova regra para as contas públicas vai substituir o teto de gastos em vigor desde 2017 como novo parâmetro para limitar os gastos do governo.

O teto de gastos limita a maior parte das despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) à inflação do ano anterior. Já a nova proposta permite que as despesas cresçam até 70% do aumento das receitas registrado no ano anterior. Mas com um limite de 2,5% de elevação real dos gastos públicos.

Tramitação rápida
O líder do governo na Câmara disse ainda que há um compromisso de Lira de votar o texto com rapidez. Segundo Guimarães a matéria deverá ser analisada pela Casa em até 20 dias.

"Eu penso que assim, há um compromisso nosso e reafirmado pelo presidente Arthur Lira, que votar com rapidez, em 15 dias, na minha percepção. Na Câmara, pelo o que acompanho, pelo ambiente político que está posto, nós votaremos essa matéria em 15, 20 dias, para ela ir para o Senado. Depois disso, é claro que vai ter uma tramitação", afirmou.

O parlamentar disse ainda que o relator da proposta deverá ser definido também nesta terça-feira (18).

"Entregue o texto amanhã imediatamente o presidente define o relator e o relator evidentemente, vai continuar, vai começar a trabalhar o texto", disse Guimarães.

Segundo Guimarães, Haddad "teve uma paciência enorme" para dialogar com os líderes e com o presidente da Câmara.

"Pela primeira vez, o Congresso vai receber um texto que conhece não a vírgula, o parágrafo, mas conhece seu conteúdo porque desde janeiro o ministro Haddad tem tido uma paciência enorme para dialogar com os líderes como com o presidente da Câmara", afirmou.

Importância da nova política fiscal
Durante a entrevista, o líder disse ainda que, se a nova regra fiscal não for aprovada, "o país vai parar".

"Você está fazendo uma LDO, a diretriz geral é com base no teto de gastos que foi extinto, o anterior. Os R$ 172 bilhões, que a reportagem identificou aí, só sai se tiver a nova regra fiscal, porque senão o país para, por isso é que nós precisamos", afirmou.

Guimarães disse ainda que a Lei de Diretrizes Orçamentárias só poderá ser votada nos termos da nova política fiscal, assim como a Lei Orçamentária Anual e o Plano Plurianual.

"A LDO só poderá ser votada nos marcos da nova política fiscal do país, a LOA de 2024, que é a lei orçamentária anual, que vai para o Congresso no dia 31 de agosto, já tem que ser feita com base na nova política fiscal do país e o PPA, o plano plurianual que é o mosaico geral do país. Portanto, é fundamental que a Câmara, o Senado, o Congresso deem as condições para que essas três principais matérias sejam votadas daqui para o final do ano", afirmou.

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