João de Deus foi denunciado pelo MP-GO (Ministério Público de Goiás), nesta terça-feira (15), por crimes de estupro de vulnerável e abuso sexual mediante fraude durante os atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de Goiás.
O Ministério Público ainda fez um novo pedido de prisão contra o médium. Os crimes pelos quais ele foi denunciado envolvem duas mulheres de Goiás e três de São Paulo.
João de Deus está preso no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia desde 16 de dezembro.
Ao R7, o advogado criminalista Alberto Toron, que defende o médium, falou sobre a nova denúncia do Ministério Público.
"Chega a ser medonho o que os membros do MP estão fazendo no caso João de D'us. Não nos dão vista de nada, marcam interrogatório um dia antes no próprio MP, a defesa é obrigada a ler tudo em 20 minutos antes do interrogatório", afirmou. "Ele é ouvido e a denúncia (que já estava pronta) é protocolizada na manhã seguinte. É a antítese do que deve ser um processo no Estado democrático de Direito", concluiu.
João de Deus negas as acusações desde que as denúncias começaram a surgir.
Entenda o caso
João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, é acusado por diversas mulheres de abuso sexual durante os atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de Goiás.
O Ministério Público denunciou o médium em 28 de dezembro por quatro crimes: dois por violação sexual mediante fraude e dois por estupro de vulnerável.
Durante as buscas nas casas de João de Deus, foram encontradas armas, esmeraldas e malas de dinheiros. A Justiça de Goiás concedeu habeas corpus pelo porte ilegal de arma. O médium, no entanto, continua preso por ser investigado pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. Para esses crimes, o habeas corpus foi negado.
O MP recebeu mais de 600 e-mails com denúncias contra o médium. As mulheres que denunciaram João de Deus têm idade entre 9 e 67 anos.
Até o momento, a Polícia Civil colheu depoimentos de 16 mulheres. O Ministério Público, porém, já ouviu mais de 100. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 50 milhões das contas do médium.
Na última quarta-feira (2), João de Deus passou mal e foi levado às pressas para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Na quinta-feira (3), teve alta e voltou para o Núcleo de Custódia, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO), onde está preso.
O advogado criminalista Alberto Toron, que representa João de Deus, nega as acusações de abuso sexual contra o médium.
Nesta segunda-feira (7), as denúncias contra o médium voltaram a ser analisadas pelo TJ-GO (Tribunal de Justiça de Goiás).
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