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CIDADES Terça-feira, 08 de Outubro de 2019, 15:04 - A | A

Terça-feira, 08 de Outubro de 2019, 15h:04 - A | A

EM ARIPUANÃ

garimpeiros invadem cidade e geram tensão entre moradores e comerciantes

Redação

Reprodução

 

Garimpeiros que foram expulsos pelas forças de segurança de um garimpo ilegal em Aripuanã (1.200 km de Cuiabá) ocuparam na manhã desta terça-feira (8) a principal avenida da cidade e marcharam em protesto para frente da mineradora Nexa. Eles reivindicam para que sejam autorizados a retirarem os seus pertences que ficaram no local. 

 

Informações confirmadas pela Polícia Militar apontam que eles ameaçaram os comerciantes para que fechassem as lojas sob ameaça de quebrá-las e destruí-las.  A presença do pessoal que trabalhava na área à procura de ouro provocou tensão entre os moradores e comerciantes.

 

A Operação Trype foi desencadeada nessa segunda-feira (7) e envolveu cerca de 160 pessoas em uma ação conjunta da Polícia Federal com equipes das policias Militar e Civil de Mato Grosso, além de servidores do Ibama e da Secretaria de Estado do meio Ambiente (Sema-MT). 

 

Segundo a Polícia Militar, que está acompanhando a manifestação desde o início, 300 garimpeiros protestam para reaver os bens que estão retidos nos garimpos ilegais interditados pela Polícia Federal. A ordem da Justiça é para a destruição de todo material encontrado dentro da lavra ilegal.

 

Nesta terça-feira, um representante dos garimpeiros conversou com um delegado da Polícia Federal para tentar um acordo visando a retirada de equipamentos do local. Eles querem também conversar com as autoridades para encontrar uma forma de legalizar a exploração do garimpo, que é de onde retiram o sustento. 

 

Ainda pela manhã, agentes da PF foram ao local e explodiram túneis e também destruíram alguns equipamentos. 

 

O delegado federal Carlos Cotta, que está à frente da operação, informou que a evacuação do garimpo ocorreu de forma “ordeira e tranquila”. Segundo ele, os garimpeiros tiveram a oportunidade de deixarem o local levando seus pertences.

 

“Alguns tentaram argumentar para levar maquinário pesado, justamente o maquinário utilizado na extração do ouro. Isso não foi possível porque a determinação judicial é justamente no sentido da destruição desse material e também implosão daquelas casas que foram criadas ali ao longo do tempo”, explicou o delegado.

 

O garimpo ilegal fica na Serra de Santo Expedito, distante 13 quilômetros de Aripuanã. A área começou a ser explorada em outubro de 2018 e por ali circula uma população que varia entre 1.000 e 1.500 pessoas. A atividade provoca forte degradação ambiental na região e também um impacto social no município, com o crescimento das taxas de homicídios, além de fomentar o tráfico de drogas e prostituição.

 

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