A Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, por intermédio da Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), está monitorando todas as situações de possíveis ataques a escolas públicas em Mato Grosso. A informação é o delegado do Gecat, Eduardo Botelho, que esclarece que embora tenha havido algumas denúncias, como nos casos de Cáceres, Várzea Grande e mesmo em Cuiabá, não houve nada que indicasse a seriedade dessas denúncias.
“Mas é claro que vamos continuar monitorando, para evitar que qualquer coisa mais grave de fato não aconteça”, frisa o delegado.
As redes sociais estão tendo clara influência junto aos jovens, e conforme explica Botelho, hoje vivemos um uma sociedade da informação, que chegam de formas mais improváveis e sem filtro algum, cabendo às pessoas colocar o filtro para saber se essas informações podem ser utilizadas ou não.
“A partir disso, as pessoas estão pegando as informações para praticar atividades maléficas, e foi isso que aconteceu em Suzano”, afirma o delegado, ressaltando que na internet se aprende como matar uma pessoa, comprar uma arma de fogo, e mesmo às informações do massacre em Columbine, nos Estados Unidos em 1999, onde 12 alunos e um professor foram mortos.
“E foi isso que aconteceu com os adolescentes no caso de Suzano, onde os adolescentes tiveram acesso a tudo isso e resolveram replicar aqui no Brasil e aconteceu a tragédia”, explica Botelho.
A nossa Legislação, conforme o delegado, não consegue acompanhar a velocidade da mutação da internet, e dificulta no combate a prática de modalidade criminosa relacionada à tecnologia.
“A internet está sempre em mutação, apresentando melhorias, e qualquer lei para ser aprovada tem um trâmite formal. Tem que ser apresentada pelo presidente, no caso do Processo Penal, tem que passar pelo Congresso, onde passa pelas Comissões, e todo esse trâmite demanda certo tempo, ou seja, nossa Legislação não acompanha a velocidade da mutação da internet”, disse o delegado.
Como exemplo, ele cita a Deep Web, que é uma modalidade de internet com acesso mais restrito, onde apenas pessoas com conhecimento mais aprofundado de informática consegue o acesso, e que por estar ocultado, contém conteúdo muitas vezes estarrecedores.
“Esses conteúdos muitas vezes inclui terrorismo, pedofilia, aborto ou assuntos similares. E através desses conteúdos, muitas pessoas aproveitam dele para se inspirarem a praticarem crimes”, finalizou.
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