O prédio onde funciona a sede do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Mato Grosso (Procon), em Cuiabá, foi interditado nessa quarta-feira (17) por precariedade na estrutura e apresentar risco de desabamento. O órgão não possui alvará de prevenção contra incêndio concedido pelo Corpo de Bombeiros.

O laudo da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) aponta uma série de falhas na estrutura, como infiltrações, mofo nas paredes, falta de ventilação, e fiação elétrica exposta. O resultado da inspeção saiu em maio, mas só foi divulgado neste mês.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Conciliadores do Procon, Cristiane Vaz, os documentos da vistoria foram mantidos em sigilo, colocando em risco a estrutura do prédio e os funcionários.

“Os riscos são enormes, como incêndios e um desabamento, além da insalubridade que é um problema”, disse.

Cristiane também explicou que o governo do estado recebeu uma notificação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), no entanto, nada foi definido.

O prédio não tem um projeto de incêndio, que é o primeiro passo para conseguir o alvará.

No laudo consta também que em 2015 vários problemas já haviam sido identificados na estrutura.

O superintendente do Procon, Eduardo Rodrigues, informou que não tinha conhecimento do laudo que foi divulgado no mês de maio.

“Eu passei a ter conhecimento desse laudo há poucos dias. Esse laudo não tramitou no órgão. Esse problema de infiltração é antigo, não é um problema novo”, avaliou.

Após a denúncia que foi realizada pelo Sindicato dos Conciliadores, a superintendência do órgão solicitou a presença da Defesa Civil para avaliar os riscos de desabamento.

O diretor da Defesa Civil, Paulo Wolkmer, contou que no local foi identificada umidade excessiva nas paredes, além de problemas na parte elétrica e que existe o risco de desabar.

“Nós vimos que os sistemas de voz estão com problemas. Tem muita umidade naquele local, então existe risco de desabamento”, contou.

Um novo prédio foi alugado enquanto as melhorias não são realizadas. Quem depende dos serviços oferecidos pelo órgão deve procurar as unidades de apoio.

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