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O empresário Roque Anildo Reinheimer, preso desde o dia 9 de maio no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), em decorrência da deflagração da 2ª fase da “Operação Bereré”, denominada “Bônus”, teve pedido de liberdade negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). As decisões são da última sexta-feira (17). 

De acordo com o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), a Santos Treinamento, empresa da qual Roque era sócio, foi usada para receber parte da propina desviada de contrato firmado pela EIG Mercados (antiga FDL Serviços) com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) para registro de contratos de financiamento de veículos.

O esquema, que operou de 2009 a 2015, teria desviado R$ 30 milhões. O dinheiro depois, era repassado aos envolvidos no esquema. No STF o pedido foi negado pela ministra Rosa Weber e no STJ, pela ministra Maria Thereza de Assis Moura. 

Os fatos vieram à tona a partir de colaborações premiadas como a do ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, vulgo “Doia”, indicação do deputado estadual Mauro Savi (DEM) – também preso devido ao esquema.

Investigações apontam que Roque Reinheimer, teria exigido propina de R$ 600 mil por ano para não utilizar uma suposta influência política com deputados para articular a abertura de uma CPI para investigar o contrato entre a EIG Mercados e o Detran. Ele também é acusado de ter ameaçado o ex-CEO da EIG Mercados, José Kobori e contra o sócio da EIG e delator dos crimes, José Henrique Gonçalves.

Além de Roque e do deputado Mauro Savi, também foram presos acusados de envolvimento nas fraudes o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques e seu irmão Pedro Jorge Taques; o empresário Claudemir Pereira dos Santos, vulgo “Grilo” e José Kobori, este último, solto no dia 28 de julho.

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