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CULTURA Quarta-feira, 25 de Julho de 2018, 10:53 - A | A

Quarta-feira, 25 de Julho de 2018, 10h:53 - A | A

MULHER NEGRA

UFMT celebra Dia Nacional de Tereza de Benguela

G1-MT

Tereza de Benguela

 

Coletivo Negro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realiza, nesta quarta-feira (25), uma roda de conversa para celebrar o Dia Nacional de Tereza de Benguela e o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. O evento tem entrada gratuita e deve acontecer no auditório da Adufmat, na UFMT, às 19h.

 

A roda de conversa comemora os quatros anos da criação da Lei nº 12.987 de 2 de junho de 2014, que instituiu O Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, comemorado no dia 25 de julho.

 

Na ocasião, o grupo deve ler uma carta em repúdio contra as violências sofridas pelas mulheres negras no estado. O documento será entregue ao governador Pedro Taques (PSDB), pela UFMT.

 

Somente nos quatro primeiros meses de 2018, 35 casos de racismo foram denunciados à polícia em municípios de Mato Grosso. Os dados são do setor de estatística da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT).

 

As denúncias aumentaram em comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a abril de 2017, 31 casos haviam sido denunciados.

 

"É uma data importante. Não queremos só estar vivas, queremos que nossos filhos também estejam. Queremos qualidade de vidade, que o governo aloque recursos para a efetivação de políticas públicas. Para isso, é preciso que o governo invista financeiramente", afirmou a Coordenadora do Coletivo Negro e pesquisadora de questão raciais, Zizele Ferreira.

 

Sobre a data

O Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra foi instituído através da Lei nº 12.987 de 2 de junho de 2014. A inspiração vem do Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, marco internacional da luta e da resistência da mulher negra criado em 25 de julho de 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas na República Dominicana.

 

Nascida no século XVIII, Tereza de Benguela chefiou o Quilombo do Piolho - ou Quariterê - nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, a 562 km de Cuiabá, a primeira capital do estado.

 

Sob seu comando a comunidade cresceu militar e economicamente, incomodando o governo escravista. Após ataques das autoridades ao local, Benguela foi presa e veio a cometer suicídio após se recusar a viver sob regime de escravidão.

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