Cuiabá, 14 de Maio de 2024
Notícia Max
14 de Maio de 2024

ECONOMIA Terça-feira, 17 de Julho de 2018, 14:35 - A | A

Terça-feira, 17 de Julho de 2018, 14h:35 - A | A

PEDIDO DEFERIDO

Justiça aceita pedido de recuperação do grupo Engeglobal

Redação

 

O juiz da 1ª Vara Cível de Cuiabá, Cláudio Roberto Zeni Guimarães, deferiu o pedido de recuperação judicial do Grupo Engeglobal, responsável pelas principais obras da Copa do Mundo 2014 em Cuiabá. A decisão, proferida nesta segunda-feira (16), visa facilitar o pagamento de R$ 48,7 milhões em dívidas acumuladas pelo grupo com 749 credores.

 

Com a decisão, o Grupo Engeglobal terá 60 dias, a partir da publicação da decisão, para apresentar o plano de recuperação judicial, a ser posteriormente aprovado ou não pelos credores.

 

Entre eles estão, o ex-prefeito de Cuiabá e pré-candidato ao Governo do Estado, Mauro Mendes (DEM), com quem há uma dívida no valor de R$ 2,3 milhões. O maior débito no entanto, é com a empresa Pereira Cardozo & Cardozo Ltda (Apoena Construtora), no valor de R$ 8,1 milhões. Já com a Marilena Materiais de Construção a dívida é de R$ 1,3 milhão, além de R$ 567,1 mil com o empresário Valdir Piran, dono da Piran Factoring.

 

Há ainda débitos com bancos com quem a empresa contraiu empréstimos e com outras construtoras e fornecedores de materiais de construção. A Engeglobal pertence ao empresário Robério Garcia, pai do deputado federal Fabio Garcia (DEM) e filho do ex-governador de Mato Grosso, Garcia Neto.

 

Além da construtora Engeglobal, fazem parte do grupo empresarial a Construtora e Empreendimentos Guaicurus, Global Energia Elétrica S/A; Advanced Investimentos e Participações S/A, Global Empreendimentos Turísticos Ltda e Hoteis Global S/A.

 

No pedido, o grupo dirigido pelo empresário Robério Garcia - pai do deputado federal Fabio Garcia, do DEM - culpou a Copa do Mundo  pelo desequilíbrio financeiro.

 

A empresa assumiu a reforma e ampliação do Aeroporto Marechal Rondon, os dois Centros Oficiais de Treinamento (COTs) da UFMT e do Pari, além da revitalização do Córrego Oito de Abril e implantação do coletor-tronco. Nenhuma foi concluída até hoje.

 

O grupo se exime de culpa pelos atrasos e diz ter sido vítima de "projetos deficientes, inconsistentes e mal elaborados" que, ao longo da execução das obras, "abalaram a saúde da empresa".

 

"Diversos problemas e entraves foram enfrentados pelo Grupo Econômico durante a implantação e andamento das obras, que impactaram negativamente os custos dos serviços prestados e foram a causa principal do desequilíbrio econômico atualmente vivenciado", diz o pedido em um trecho.

 

Decisão

O magistrado considerou em sua decisão que a extensa documentação anexada nos autos “demonstra que as requerentes exercem suas atividades empresariais há muito mais de 02 anos e, conforme analisado e afirmado no laudo da perícia prévia (fls. 537/611), as postulantes lograram êxito em apresentar todos os documentos exigidos pelos arts. 48 e 51 da LRF, estão em plena atividade e dessa forma vem gerando emprego e renda, bem assim estão procurando manter a fonte produtora e sua função social, de forma que se torna imperioso o deferimento do processamento da recuperação judicial das empresas requerentes”.

 

 

CLIQUE AQUI e faça parte do nosso grupo para receber as últimas do Noticia Max.

0 Comentários