De acordo com a pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nesta quarta-feira (13/06) pela Fecomércio-MT, 22,7% das famílias de Mato Grosso têm a intenção de consumir produtos relacionados ao mundial de futebol durante o período da Copa. O índice estadual analisado é pouco menor que a média nacional, quando 24% das famílias pretendem consumir produtos motivados pelos jogos, neste período.
Os produtos mais procurados devem ser itens de vestuário masculino, feminino e infantil (7,5%); alimentos e bebidas (7,3%); aparelhos televisores (6,3%); celulares e eletroeletrônicos (1,6%). A maior parte dos consumidores (87,1%) tem preferência em comprar produtos em lojas físicas, enquanto que 12,9% devem consumir pela internet.
Para as famílias com renda mensal acima de dez salários mínimos, o consumo em geral deve ser maior (30,5%), com destaque para o vestuário (15,3%); alimentos e bebidas (8,5%); televisores (6,8%). Já as famílias que recebem até dez salários mínimos, o consumo deve ficar em 21,9%, sendo que 6,7% devem procurar itens de vestuário, 7,1% alimentos e bebidas, 6,3% televisores e 1,8% celulares e eletrodomésticos.
Gasto médio
O índice geral da pesquisa para Mato Grosso mostra que, dentre os 22,7% que declararam a intenção de comprar mais durante a Copa, 40,4% disseram que pretendem gastar mais de R$ 300,00. Já 28,9% declararam intenções de consumir de R$ 101,00 a R$ 200,00 e 20,8% afirmaram gastar no máximo R$100,00. Quanto ao pagamento, 52,9% das famílias pretendem comprar à vista e 47,1% a prazo.
Maioria dos mato-grossenses pretende assistir aos jogos em casa
Sobre o gasto com alimentos e bebidas, a pesquisa avaliou as intenções quanto ao local de consumo. Nesse sentido, a maior parte (60,5%) daqueles propensos a efetuar esses gastos, pretendem fazê-lo no domicílio, contra 9,3% das intenções voltadas para o consumo em bares e restaurantes. Para 30,2% não haverá diferença significativa quanto ao local de consumo de alimentos e bebidas.
O presidente da Fecomércio-MT, Hermes Martins da Cunha, avalia um consumo moderado neste Mundial, já que 77,3% das famílias mato-grossenses declararam que não pretendem alterar seu consumo durante a competição. Apesar do envolvimento da população quanto ao esporte mais assistido no mundo, a questão econômica acaba por interferir na intenção do consumo, que segue lenta e sujeita a oscilações.
Fatores para queda no consumo das famílias em relação a Copa de 2014
Segundo a CNC, a intenção de consumo das famílias brasileiras para a Copa deste ano caiu pela metade, se comparado com a Copa do Mundo realizado em 2014 no Brasil. Naquele ano, mais da metade (50,1%) das famílias estavam propensas ao consumo de produtos relacionados ao mundial, e agora, o número chega a 24%.
A CNC explica que são dois os principais aspectos para a queda na intenção de consumo. A primeira é reflexo do menor envolvimento da população na Copa, uma vez que a última foi realizada no Brasil. O segundo aspecto, mais econômico, se refere à taxa de juros ao consumidor – que saltou de 47% ao ano em 2014 para 55% ao ano em 2018 – e ainda, as condições de empregabilidade. Em 2014, a taxa de desemprego no país girava em torno de 7% e agora está em 13%, quase o dobro.
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