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14 de Maio de 2024

ESPORTE Quinta-feira, 02 de Janeiro de 2020, 07:48 - A | A

Quinta-feira, 02 de Janeiro de 2020, 07h:48 - A | A

NOVA GESTÃO

Cruzeiro completa 99 anos envolto por cenário obscuro e incertezas sobre centenário

GLOBO ESPORTE

REPRODUÇÃO

CRUZEIRO

 

Dois de janeiro de 2020. Nesta quinta, o Cruzeiro comemora 99 anos de fundação. Aniversário é sempre momento de alegria, mas o torcedor nunca esteve tão apreensivo. O clube vive sua maior crise econômica e administrativa, disputará a Série B pela primeira vez, e o cruzeirense inicia a contagem regressiva para o centenário sem ter sequer a certeza do time que disputará esta temporada.

 

O fim de ano esportivo não poderia ser pior. O 2019, que começou com título do Mineiro, terminou com o rebaixamento no Brasileiro. Dali em diante, a política cruzeirense, que já tinha integrantes sendo investigados pela Polícia Civil, se tornou um turbilhão ainda maior.

 

Zezé Perrella, gestor de futebol, foi demitido. O presidente Wagner Pires de Sá aceitou renunciar, assim como Hermínio Lemos, primeiro vice executivo. O segundo vice, Ronaldo Granata, tentou resistir à saída, mas cedeu à pressão. Assim, toda a chapa eleita deu lugar a um conselho gestor, formado por oito pessoas.

 

Tudo isso ocorreu no mês de dezembro, em meio a salários atrasados e jogadores como Thiago Neves e Fabrício Bruno entrando na Justiça para tentarem a rescisão indireta. Com ambos, a resposta foi negativa. Uma nova administração deu os primeiros passos no clube apenas em 23 de dezembro, 14 dias antes do início da pré-temporada.

 

Dívidas começaram a ser negociadas. Salários, aos poucos, vêm sendo pagos. A reestruturação, que passa pela demissão de funcionários de todas as áreas, obviamente atingirá os jogadores. A folha salarial, que em 2019 era de R$15 milhões, precisará cair para R$ 5 milhões, segundo os gestores. Os salários altos serão renegociados ou os atletas estarão fora do clube.

 

E os vencimentos exorbitantes eram prática comum na gestão de Wagner Pires de Sá e Itair Machado. Com isso, o futuro de grande parte do elenco está indefinido. Até aqui, apenas o atacante Joel e o volante Jadson deixaram o clube, emprestados ao Marítimo-POR e Bahia, respectivamente. Obviamente, nenhum jogador chegou.

 

Motivo para comemorar, além da mudança na gestão, foi só a aquisição do lateral-direito Orejuela, um dos poucos que se salvaram em 2019. A permanência dele no Cruzeiro, no entanto, é pouquíssimo provável, já que recebe R$300 mil, e a diretoria estabeleceu teto de R$150 mil.

 

Na zaga, Dedé interessa ao Vasco. Na lateral esquerda, Egídio e Dodô não seguirão. O volante Henrique é monitorado pelo Fluminense, assim como Fred, sonho antigo do Tricolor. Thiago Neves quer rescindir na Justiça e, mesmo que não consiga, não seguirá no elenco. Robinho está lesionado. Fábio, dos maiores ídolos da história do Cruzeiro, também passará por readequação salarial. Este é o cenário do elenco que Adilson Batista terá. A contagem regressiva de "365 dias para Século I", como o Cruzeiro chama em seu site oficial, promete ser dolorida para o torcedor.

 

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