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ESPORTE Quinta-feira, 12 de Setembro de 2019, 10:30 - A | A

Quinta-feira, 12 de Setembro de 2019, 10h:30 - A | A

BASQUETE

Desdém e inexperiência: como os EUA perderam invencibilidade de 13 anos em Mundiais e Olimpíadas

Globo esporte

REUTERS/Kim Kyung-Hoon

BASQUETE

 

A invencibilidade da seleção de basquete dos Estados Unidos caiu por terra. Invencíveis nos últimos 13 anos em Mundiais e Olimpíadas, os até então hegemônicos foram dominados pela França e derrotados nas quartas de final da Copa do Mundo. O revés encerrou uma escalada de 48 vitórias. A última vez os americanos perderam em um dos dois torneios mais importantes foi em 2006, na semifinal para a Grécia. E a eliminação dos Estados Unidos pode ser explicada por alguns fatores, que o GloboEsporte.com lista abaixo.

 

Da última vez em que os Estados Unidos foram derrotados em Mundial ou Olimpíada, a reposta veio dois anos depois. Em 2008, nos Jogos de Pequim, eles deram o troco pelo revés na Grécia levando Carmelo Anthony, Kobe Bryant, LeBron James, Chris Paul, Bosh, Jason Kidd e Dwayne Wade. Agora, já classificado para Tóquio e diante de um resultado ainda pior que em 2006, já que agora saíram sem medalha, o que vem pela frente?

 

É a primeira vez na história da Copa do Mundo de Basquete que Sérvia e Estados Unidos não chegam nas semifinais. Os americanos saem sem brigar por medalha, fato que aconteceu pela última vez em 2002, em torneio disputado em Indianápolis, quando os EUA terminaram em sexto. Naquela ocasião, a antiga Iugoslávia foi a campeã, com Argentina e Alemanha em segundo e terceiro, respectivamente.

 

Desdém das estrelas

Não é de hoje que a situação dos Estados Unidos é confortável no cenário internacional. São dois títulos mundiais e três olímpicos em seguida. Desta vez, a USA Basketball resolveu pagar para ver e trouxe para a China o mais fraco time desde o Mundial de 2002, em Indianápolis. A perda da invencibilidade estava desenhada. Ainda na primeira fase, os EUA venceram a Turquia apenas na prorrogação. Neste Mundial, nomes como LeBron, Curry, Westbrook, Paul George, Kahwi Leonard, entre outros, todos na lista do ciclo até Tóquio 2020, nem sequer participaram do camp de treinos.

 

E as outras estrelas, como Anthony Davis, James Harden e Kevin Love, abriram mão da convocação, seguidos por mais de uma dezena de atletas em seguida, como Eric Gordon e outros. Todos, exceto Kyle Lowry, lesionado, preferiram focar na NBA. Até s imprensa dos EUA ignorou o Mundial da China, com pouquíssimos repórteres in loco. E os americanos pagaram o preço.

 

Inexperiência

Melhor jogador em quadra dos EUA na Copa do Mundo, Donovan Mitchell tem apenas 23 anos. Com 31 anos, Brook Lopez é o mais velho. Jayson Tatum, Jaylen Brown, Derrick White, Joe Harris, Myles Turner, todos são meninos. Os únicos All-Stars eram Kemba Walker e Khris Middleton. Com tantos meninos, a inexperiência dos jogadores no mundo Fiba, e não necessariamente na NBA, fez a diferença em uma Copa do Mundo, principalmente diante da França, completa, com seus jogadores da NBA e todos acostumados a torneios como esse.

 

Garrafão fraco

Com o que sobrou para a convocação, Gregg Popovich não teve muito o que fazer. Perdeu Kevin Love, Andre Drummond, e principalmente Anthony Davis. Lhe restaram Mason Plumlee, o talentoso, mas cru, Myles Turner, e Brook Lopez. Pop apostou a Copa do Mundo inteira no small ball, ficando com todos os alas em quadra. Mas, diante de garrafões fortes, e com a diferença da regra dos três segundos entre a Fiba e a NBA, não é possível jogar contra gigantões ágeis como Rudy Gobert sem um cincão que lhe ofereça resistência. Na derrota para a França, Gobert anotou 21 pontos e pegou 16 rebotes, castigando os EUA.

 

Lesão de Tatum

Donovan Mitchell carregou os Estados Unidos ofensivamente. Mas poderia ter um auxílio interessante nesta Copa do Mundo: Jayson Tatum. O ala do Boston Celtics, porém, torceu o tornozelo ainda na primeira fase e não jogou mais. Sua agressividade poderia ter ajudado contra a França, tirando a pressão de Mitchell no ataque. Ou seja. Além das recusas, os EUA também perderam um de seus gatilhos em momento decisivo do Mundial.

 

Torcida contra?

Sabe aquele sintoma de torcer pelo time mais fraco, ao menos pela história? Foi assim na Copa do Mundo. Os chineses amam a NBA, mas diante de Brasil e França, torceu pelo adversário, chegando a vaiar os americanos quando eles tinham a bola. Quando os franceses voltaram a virar, para vencer nas quartas de final, a Dongguan Arena veio abaixo contra os Estados Unidos.

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