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POLÍCIA Quarta-feira, 16 de Maio de 2018, 10:04 - A | A

Quarta-feira, 16 de Maio de 2018, 10h:04 - A | A

CABEÇA BRANCA

Operação da PF prende doleiros comandados por megatraficante de Mato Grosso

R7

PF / Cabeça Branca

 

A Polícia Federal desarticulou nessa terça-feira um grupo de doleiros que lavavam dinheiro utilizado pelo tráfico internacional de drogas a mando de Luiz Carlos da Rocha, conhecido como Cabeça Branca, apontado como um dos maiores narcotraficantes da América Latina e preso na cidade de Sorriso (MT). Ele teria movimentado R$ 500 milhões entre 2014 e 2017, apenas com o dinheiro do tráfico.

 

Ao todo, a operação prendeu oito pessoas. Planilhas encontradas pela PF durante a investigação sobre o Cabeça Branca indicam que o suspeito negociou 27 toneladas de cocacína em três anos.

 

Na época, ele teria recebido US$ 140 milhões. O suspeito foi preso em julho de 2017 durante a Operação Spectrum.

 

"O Cabeça Branca era muito restrito, eram poucas as pessoas que tinham contato direto com ele. E todos os presos hoje tinham relação com ele", afirmou o delegado Roberto Biasoli. 

 

A Operação Efeito Dominó é um desdobramento da Spectrum. Cerca de 90 policiais federais cumpriram 26 ordens judiciais, sendo 18 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e três mandados de prisão temporária no Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Mato Grosso do Sul e São Paulo, além do Distrito Federal.

 

Como resultado, a PF desarticulou uma rede de doleiros que o Cabeça Branca utilizava para lavar o dinheiro proveniente do comércio internacional de drogas.

 

"O núcleo principal de doleiros delatores foi preso durante a operação", afirma.

 

A pasta informou, ainda, que há relação entre os doleiros usados pelo tráfico com pessoas investigadas na Operação Lava Jato. Um dos envolvidos é o Carlos Alexandre, mais conhecido como Ceará, delator da Lava Jato. 

 

"Quanto ao operador financeiro ("doleiro") já investigado da Operação Lava Jato, chama atenção o fato de ter retornando às suas atividades ilegais mesmo tendo firmado acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República e posteriormente homologado pelo Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria Geral da República e Supremo Tribunal Federal serão comunicados sobre a prisão do réu colaborador para avaliação quanto a 'quebra' do acordo firmado", afirmou a PF.

 

O delegado informou, por exemplo, que dois quartos de um hotel em São Paulo eram utilizados como o local para a troca de dinheiro. "O grupo é reservado. Após a prisão do Cabeça Branca, eles mantinham um estilo de vida mais tranquilo. Nada exótico", disse. 

 

O R7 tenta contato com os advogados dos citados nesta matéria para maiores esclarecimentos. O espaço está aberto para manifestação.

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