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AGRONEGÓCIO Terça-feira, 05 de Fevereiro de 2019, 17:05 - A | A

Terça-feira, 05 de Fevereiro de 2019, 17h:05 - A | A

TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA

Produtor investe no cultivo de frutas orgânicas no município de Cláudia

Assessoria

 

Cerca de 20 produtores rurais do município de Cláudia (620 km ao Norte de Cuiabá) estão adotando o processo de transição agroecológico, ou seja, estão cultivando hortaliças e frutas sem a utilização de pesticidas e adubos químicos. Numa área de dois hectares, o produtor rural Celso Wernke plantou limão taiti, mamão formosa, banana nanica e princesa. O mamão já está em produção e a colheita semanal é de 150 quilos da fruta orgânica.

 

O agricultor Celso, proprietário do Sítio Santa Teresa, possui uma área de 24 hectares (ha), sendo 15 ha com o cultivo de soja e milho, sete ha com a criação de bovinos de leite e o restante com o cultivo orgânico em sistema agroflorestal. Ele conta que começou a trabalhar a transição da área em 2017, desde então, só cultiva as frutas no sistema orgânico. “O sabor da fruta é muito diferente, mais doce, e percebi uma procura grande pelos consumidores. Em alguns casos, tenho vendido o mamão ainda verde”.

 

Ao todo foram plantadas 200 mudas de mamão, 500 de limão e 220 mudas de banana nanica e princesa. O mamão produz o ano todo e estão sendo colhidos 600 quilos por mês. A produção é vendida no comércio da cidade por R$ 2,50 o quilo, o que rende no mês em torno de R$ 1.500,00. A banana começa a produzir a segunda safra e, em breve, estará no mercado. Já o limão, somente no próximo ano. “O cultivo orgânico é uma alternativa viável e acredito que será a grande tendência para o futuro, alimentos sem agrotóxicos e saudáveis”, ressalta Wernke.

 

O engenheiro agrônomo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Rogério Leschewitz, fala que o processo de transição agroecológico começou no município de Cláudia, em 2016, com a inserção de técnicas para o cultivo orgânico de frutas e verduras. Ele destaca que alimentos orgânicos são cultivados sem a utilização de produtos químicos, adubos solúveis e outros produtos para promover o crescimento.

 

Ele explica que os produtores rurais recebem orientações e assistência técnica sobre o equilíbrio produtivo e ecológico do sistema agrícola, bem como a implantação de espécies frutíferas e arbóreas nativas em conjunto com o sistema olerícola, com a finalidade de um melhor aproveitamento da área. “Esses produtores estão em processo de transição, saindo do cultivo convencional para o agroecológico. O foco é a produção de alimentos saudáveis por meio de técnicas orgânicas, buscando sempre a diversidade biológica e a sustentabilidade do sistema”.

xcv

 

 

De acordo com Leschewitz, foram implantadas técnicas de manejo e conservação do solo, uso de adubação orgânica, compostagem, vermicompostagem, inserção de plantas de cobertura de solo e adubação verde, além do manejo alternativo de pragas e doenças nos cultivos, tendo em vista que em certas regiões da área existe a incidência de nematóides e doenças de solo, como é o caso da fusariose. Este manejo se dá através do uso de caldas e extratos vegetais, biofertilizantes e outras técnicas, como a produção em sistemas agroflorestais (SAF’s) e do aumento gradativo da matéria orgânica do solo.

 

Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), atualmente são 17.075 registros de entidades produtoras de orgânicos no país, das quais cerca de 70% dos produtores são da agricultura familiar. O engenheiro Rogério acredita que o mercado está em expansão e os consumidores tem se mostrado dispostos a pagar mais para levar um produto saudável para o consumo da família.

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