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CIDADES Sábado, 26 de Outubro de 2019, 09:57 - A | A

Sábado, 26 de Outubro de 2019, 09h:57 - A | A

PCD

Quebrando Barreiras: O direito como garantia para a inclusão social

REDAÇÃO

REPRODUÇÃO

BARREIRAS

 

Servidores da Secretaria de Saúde de Várzea Grande participaram na manhã desta sexta-feira (24), de uma palestra sobre Inclusão e Acessibilidade: Quebrando Barreiras Atitudinais, ministrada pelo servidor público da Universidade Federal e Mato Grosso (UFMT), Renyelison Rodrigo da Silva. O palestrante também atua como professor de informática no Instituto dos Cegos de Mato Grosso.  

 

Durante a palestra o professor destacou as dificuldades enfrentadas enquanto deficiente visual e as barreiras que teve que ultrapassar para driblar a sua deficiência e poder concluir os estudos e se inserir no mercado de trabalho. “Foram muitos contratempos, mas consegui alcançar os meus objetivos. O caminho não foi fácil, porém contei com a ajuda de pessoas que contribuíram para meu crescimento como pessoa e profissional que me tornei”.

 

Ele afiançou que nunca deve subestimar uma pessoa devido a sua deficiência. “Se você não sabe se ela será capaz de realizar alguma tarefa, pergunte. Também não tenha receio em questionar se precisará de alguma adaptação/acessibilidade. Por exemplo, cadeirantes precisam de rampas de acesso ou mesas com altura diferenciada e para eles isso não é um problema, a inclusão se faz com a pessoa. Ao conversar com uma pessoas com deficiência visual, se identifique, se houver outras pessoas, não se esqueça de mencioná-las. Nem sempre pessoas com deficiência precisam de ajuda. Por isso, sempre pergunte antes de sair dando o braço a um cego ou empurrando uma cadeira de rodas. Espere que a pessoa responda e em caso positivo questione a maneira correta de proceder. Fiz estes esclarecimentos, porque em uma sociedade inclusiva, a pessoa com deficiência é igual a outra. Por isso lutamos por uma sociedade mais justa e igualitária”, disse ele.

 

O palestrante lembrou que uma das dificuldades enfrentadas por ele foi no período escolar uma vez que ainda não havia condições favoráveis para que a pessoa com deficiência visual pudesse participar das atividades, sem ter que contar com a ajuda de professores e pessoas capacitadas para atender essa demanda. “O deficiente visual hoje possui condições mais favoráveis para seu desenvolvimento educacional e profissional, porém algumas condições ainda nos são adversas. Por isso é necessário que o deficiente seja ouvido sobre questões que possam contribuir para a sua inclusão social”.  

 

Ranyelison da Silva disse ainda que é importante que todas as pessoas tenham conhecimento das dificuldades enfrentadas pelo deficiente, seja com mobilidade reduzida, visual e auditivo, para que possam fazer a abordagem de forma correta, no momento que este precisar de ajuda.

 

Para o secretário de Saúde, Diógenes Marcondes, é importante que o tema inclusão social seja debatido em todos os setores da Saúde uma vez que o poder público possui no quadro de Recursos Humanos servidores com algum tipo de deficiência e devem ter sua condição respeitada.

 

“A palestra é também uma oportunidade de aperfeiçoar os conhecimentos em torno de um tema tão atual na nossa sociedade. No SUS hoje existe um movimento da inclusão social que tem por objetivo uma profunda mudança da sociedade, com vistas a que ela seja realmente uma sociedade para todas as pessoas. Na perspectiva da inclusão social, existem as possibilidades e potencialidades do indivíduo, além de buscar promover modificações na sociedade visando a garantir igualdade de oportunidades para todos. Deficiência não é doença. De acordo com a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência – ONU – Organização das Nações Unidas/ 2006, as pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual (mental), ou sensorial (visão e audição) os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo um cidadão com os mesmos direitos de autodeterminação e usufruto das oportunidades disponíveis na sociedade. Deficiência não é sinônimo de doença e, portanto, uma pessoa não pode ter sua vida prejudicada em razão de sua deficiência. A nossa Política de Humanização trabalha este conceito dentro de todas as unidades de atendimento da Rede SUS de Várzea Grande”, explicou o secretário.

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