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INTERNACIONAL Sexta-feira, 26 de Abril de 2019, 17:33 - A | A

Sexta-feira, 26 de Abril de 2019, 17h:33 - A | A

CICLONE

Ciclone Kenneth provoca estragos no norte de Moçambique e deve provocar fortes chuvas

G1

O ciclone Kenneth atingiu Moçambique na quinta-feira (25) e provocou estragos no norte do país. Embora tenha perdido força, a tempestade tropical deve provocar fortes chuvas com potencial para provocar inundações e deslizamentos no país, que ainda se recupera do devastador ciclone Idai. Uma pessoa morreu.

 

"Foi um ciclone de categoria 3, com ventos de 160 km/h. O Idai foi pior, era de de categoria 4", afirmou o porta-voz do Instituto Nacional de Meteorologia, Acacio Tembe.

Nesta sexta-feira, o Kenneth provocava ventos de 70 km/h no máximo, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, que rebaixou o fenômeno para tempestade tropical.

 

Antonio Beleza, que é funcionário do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGC), afirmou que na ilha de Ibo, onde vivem 6.000 pessoas, 90% das casas foram destruídas.

 

A ONU estima que 600 ml de chuva caiam na região nos próximos 10 dias - esse volume é duas vezes maior do que atingiu a cidade da Beira após a passagem do ciclone Idai em março.

 

 

O Instituto nacional de Gestão de Calamidades de Moçambique (INGC) informou que uma pessoa morreu após ser atingida por um coqueiro em Pemba, principal cidade e capital da província de Cabo Delgado, na fronteira com a Tanzânia. Além de derrubar os coqueiros, os ventos empurraram os barcos até a praia de Wimbi.

 

Parte da província encontra-se desde quinta-feira sem eletricidade devido à queda de árvores que estragaram a infraestrutura elétrica, mas também porque as companhias decidiram em alguns casos desligar o sistema como medida preventiva.

 

Apenas no distrito de Palma, 36 mil famílias estão em áreas de risco, segundo estimativas do INGC. Parte delas já foi levada para abrigos montados em escolas.

 

Antes de chegar a Moçambique, o ciclone passou pela ilha de Comores, no leste africano. Os ventos de até 140 km/h causaram blecautes generalizados na parte norte da ilha principal, Grande Comore, na capital Moroni e na ilha de Anjouan. Três pessoas morreram.

 

Em março, o ciclone Idai deixou mais de mil mortos em Moçambique, Malui e Zimbábue. A região da cidade moçambicana da Beira, a segunda maior do país, foi a mais atingida pelos ventos e pelas severas inundações. Milhares de pessoas ficaram desabrigadas.

 

Segundo a agência Associated Press, o número de vítimas deve aumentar. As autoridades não descartam que não se chegue a um número total de mortos definitivo.

 

O Idai foi considerado a pior tempestade tropical a atingir a região nas últimas décadas. Nesse momento, Moçambique ainda enfrenta uma epidemia de cólera. Até 10 abril, foram registrados mais 4 mil casos da doença, que é transmitida pela contaminação de água e alimentos por uma bactéria. Até então, foram registradas sete mortes em decorrência da doença.

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