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POLÍTICA & PODER Terça-feira, 12 de Dezembro de 2017, 09:10 - A | A

Terça-feira, 12 de Dezembro de 2017, 09h:10 - A | A

LIGAÇÃO GRAMPEADA

Empresário ameaça servidor da Sefaz por “atrapalhar” golpe de mais R$ 140 mi

Redação

Divulgação

defaz mt

 

O representante legal da Vigor Comércio de Cereais, uma das empresas investigadas pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e contra a Administração Pública na "Operação Crédito Podre", Marcelo Medina, em uma conversa telefônica ameaçou de morte o gerente de Monitoramento da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso, Rafael da Cruz Araújo. Em um dos trechos da conversa, Medina afirmou que o servidor da Sefaz “qualquer hora vai amanhecer com a boca cheia de formiga”.

 

Marcelo Medina foi um dos presos na operação que investiga uma suposta organização criminosa que, mediante documentos ideologicamente falsos e articulada para a comercialização de grãos, estava realizando a sonegação de ICMS.

 

As ameaças foram descobertas após interceptação telefônica e decretação de medidas cautelares proposta pela Defaz-MT à juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Santos Arruda. A conversa seria entre Medina e uma pessoa identificada apenas como “Nelson” e teria ocorrido no dia 13 de setembro de 2017, conforme transcrição abaixo de trecho do diálogo.

 

Conforme a transcrição do diálogo, o representante legal da empresa Vigor afirma que Rafael da Cruz, servidor da Sefaz, estaria “atrapalhando todo mundo” no golpe que resultou em dano de, no mínimo, R$ 140 milhões aos cofres públicos do Estado.

 

Além disso, na ligação, o homem identificado como Nelson afirma que a “turma” teria que realocar o servidor da Sefaz em outro cargo, “rancar ele dali”.

 

Para a juíza Selma Arruda, tais ameaças contra Rafael mostram o grau da periculosidade dos investigados e da suposta organização criminosa.

 

“Do que se extrai da transcrição do áudio supra, vê-se que o representado estaria irritado, a princípio, em razão de alguma ação realizada pela Sefaz-MT que estaria impedindo o grupo de atuar, chegando até mesmo a afirmar que o servidor público responsável pela apuração das fraudes, ‘qualquer hora vai amanhecer com a boca cheia de formiga, cê vai ver! Ele tá fudeno meio mundo, véi...’, o que indica o grau de sua periculosidade e da suposta organização criminosa”, segundo trecho da investigação.

 

Confira a transcrição abaixo de trecho do diálogo:

 

“MARCELO: Dá FOCUS lá! E tá parado de tudo, mas tem que fazeno aos pouco que hora que sobra uma brecha tem que tenta entrar, mais(sic) eu nem sei o que que vai virar isso aí... Que virou uma bosta eim!

 

NELSON: Não! Não! To sabendo é...

 

MARCELO: Tudo travado, tem um tal de juiz lá, juiz não, o chefe lá, um tal de Rafael, disque o homem dorme dentro da Sefaz, quando uma firma faz uma nota de algodão ela vai lá e cancela a inscrição da firma!

 

NELSON: É mesmo?

 

MARCELO: Desse jeito! O cara é... Aquele cara qualquer hora vai amanhecer com a boca cheia de formiga, cê vai ver! Ele tá fudendo meio mundo, véio!

 

NELSON: Nossa!”.

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