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POLÍTICA & PODER Quarta-feira, 27 de Junho de 2018, 07:38 - A | A

Quarta-feira, 27 de Junho de 2018, 07h:38 - A | A

ALVO DE DELAÇÃO

Antônio Joaquim diz que vive calvário após delação e chama Silval de gangster

Redação

presidente do TCE antonio joaquim

 

O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Antônio Joaquim, disse que está vivendo um “calvário” após a delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, que ele classifica como “gangster”. “Eu vivo um calvário desde setembro do ano passado, em cima só da palavra de um ladrão confesso, um bandido confesso, um gangster”, disparou durante entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (26).

 

Joaquim decidiu se pronunciar após Silval afirmar em depoimento sobre um processo relativo ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Justiça Federal que foi vítima de extorsão por parte de cinco conselheiros do TCE. “Nunca fiz chantagem, nunca vou fazer, pois não é minha natureza. Caracterizar esses nove relatórios que assinei como chantagem é uma mentira deslavada”, afirmou.

 

O conselheiro garante que fez sete relatórios das obras da Copa, de dezembro de 2013 a julho de 2014 e que todos foram contra o Governo e realizados por técnicos do TCE.

 

Ele reclama ainda que a palavra do ex-governador tornou-se uma verdade ‘única’ e que apesar de ter sido citado, nunca teve a oportunidade de responder às acusações. “A palavra dele se tornou tão poderosa que se sobrepõe a qualquer contraponto de minha parte. Nunca fui nem chamado para falar. Já se passaram nove meses. Somente a palavra de um bandido me impôs esse calvário”, disse.

 

Antonio Joaquim foi afastado do cargo de conselheiro em 15 de setembro do ano passado por determinação do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) na 12ª fase da “Operação Ararath”, denominada “Malebolge”, da Polícia Federal. Outros quatro conselheiros também foram alvos da operação. São eles: Valter Albano, Sérgio Ricardo, José Carlos Novelli e Valdir Teis. Todos são acusados de cobrarem R$ 53 milhões do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) para não paralisarem as obras do Programa MT Integrado e foram afastados de suas funções.

 

Joaquim nega as acusações e ainda criticou o ex-procurador da República, Rodrigo Janot, autor do pedido de afastamento que embasou a decisão do STF. “Não há um fiapo de prova. O procurador da Republica acreditou no ladrão, no cínico, no gangster”. E lamentou que todo esse processo impediu que ele se aposentasse e pudesse disputar a eleição para governador este ano.

 

“Só através da palavra do Silval, eu fui julgado. Nem denúncia até hoje eu tenho. Não sou réu em nada. Estou num processo de investigação, quase nove meses afastado. Fui penalizado duas vezes, porque me tiraram o direito líquido e certo de me aposentar. E, então, cassaram meus direitos políticos também, não pude aposentar, não pude filiar, não pude ser candidato”.

 

 

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