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POLÍTICA & PODER Terça-feira, 20 de Fevereiro de 2018, 19:54 - A | A

Terça-feira, 20 de Fevereiro de 2018, 19h:54 - A | A

ALVO DE OPERAÇÃO

Botelho diz que suspeitou de esquema com entrada de ex-governador na empresa

Redação

 

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) Eduardo Botelho (PSB) admitiu que errou ao não deixar de ser sócio da Santos Treinamento e Capacitação Ltda desde o momento em que suspeitou que a empresa participava de um esquema de propina no Detran-MT. Ele foi sócio da Santos entre 2010 a 2013

Segundo ele, as fraudes começaram a ocorrer quando o peemedebista assumiu o governo, em 2011, contrariando o que afirma o delator e ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, o Dóia, que contou ao Ministério Público Estadual (MPE) que o esquema de propina existia desde meados de 2009, quando foi firmado o contrato, beneficiando o ex-governador e o deputado estadual Mauro Savi.

 “O contrato da empresa, pelo que entendi e sabia, não tinha nada de ilegal. Era uma prestação de serviço que vinha sendo feita no Brasil inteiro e vários Estados faziam. Nós entramos como investidores. E não tinha nada de ilegal. Começou a ter algo de ilegal com a entrada do ex-governador em 2011. Houve uma pressão muito grande e parte da empresa foi passada para um representante do ex-gestor”, disse, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (20).

A partir daí, segundo Botelho, 30% da empresa foi repassada ao empresário Rafael Yamada Torres, filho de Wanderley Torres, da Trimec Construções, ligado ao ex-governador.

“Eu comecei a sentir mal com isso. E, no final de 2011, comecei a discutir a minha saída da empresa, que veio a ocorrer no final de julho. Eu não me sentia bem, sabia que estava errado. Acabei saindo. Infelizmente, demorei para sair. Tinha que ter saído naquele momento. Foi um erro que cometi na minha vida. Reconheço esse erro que vem me atormentando até hoje”, disse.

 “Quando passamos os 30% da sociedade para o filho do Wanderley, era propina. Aí sim, era propina. Aí foi o meu erro. Eu tinha que ter saído naquele momento. Ainda relutei e demorei para sair”, acrescentou.

Sobre o fato de o contrato social mostrar que ele só deixou a suposta empresa de fachada em 2013, Botelho argumenta que houve uma demora na emissão do fim do contrato.

“Entrei nesse contrato em setembro e saí em julho de 2012. O contrato definitivo da minha saída foi emitido somente em fevereiro de 2013, mas minha saída foi em julho”, rebateu.

O parlamentar também nega ser um dos lideres da suposta organização criminosa. Ele afirma que a operação causou constrangimento pessoal e político. Porém, descarta a possibilidade das investigações prejudicar o contribuir para afastá-lo da presidência da Assembleia.

“Eu não temo ser afastado porque não tem sentido. Sai em 2012 e, isso, já faz seis anos e não tem nenhuma relação com o mandato. Eu não usei influência política porque nem deputado eu era. Eu vou continuar com a mesma tranquilidade com a cabeça erguida e cumprir o papel dessa casa com transparência. Então é a mesma característica até o fim do mandato. Se eu vou continuar ou não é uma decisão que eu ainda vou analisar com tranquilidade”, respondeu.

 

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