“A CPI vai atrapalhar empresários que querem sonegar impostos. Este é considerado empresário ruim, que não é interessante para Mato Grosso. Usam o que temos aqui e não deixam nada para nosso estado”. Este foi o discurso da deputada Janaina Riva (MDB), durante a reunião para instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a renúncia e a sonegação fiscal em Mato Grosso.
A CPI foi instalada na manhã desta terça-feira (12) com a presença dos deputados Faissal Calil (PV), Thiago Silva (MDB), Wilson Santos (autor da propositura), entre outros.
Wilson lembrou durante a reunião que propôs a comissão em fevereiro deste ano, pois o assunto foi alvo de duas CPIs instauradas na Casa, em 2014 e 2016, porém relembrou que é preciso "aprofundar nas investigações", já que uma vez alguns casos apresentados nas comissões instaladas anteriormente não tiveram solução, e outras denúncias foram recebidas pela Assembleia iguais e diferentes das investigadas nos últimos 4 anos.
Por isso, a deputada Janaina Riva lembrou que a novidade nesta 3ª CPI será começar a ouvir os órgãos competentes, porque os dados apresentados pela instituição não foram “tomados como prioridade”.
“O mais interessante é saber agora o porque os órgãos não tomaram nenhuma postura e não agiram com relação as informações apresentadas. Gostaríamos de ouvir primeiro e saber se tem investigação em andamento, pois estamos falando de denúncia e temos informação que agora a sonegação ultrapassa mais de R$ 2 bilhões. Então será que Mato Grosso não precisa saber disso neste momento? Ainda mais para um governo que declarou situação de calamidade”, pontuou.
Durante a reunião, os deputados também afirmaram que empresários podem ser afastados durante uma das fases da CPI, pois as investigações querem apresentar resultados positivos a sociedade.
“Fomos procurados por empresários que têm informações muito válidas. Então nosso entendimento é que as ações da Casa serão repelentes apenas para o mal empresário que sonega no Estado e também que não querem ficar dentro de Mato Grosso. Muitos inclusive vendem no mercado por preços impossíveis de concorrer, sendo que aqueles que seguem a lei precisaram fechar as portas porque não deram conta da “concorrência”. Empresário ruim não é interessante para nosso Estado. É importante ressaltar que vamos fazer um rescaldo das duas últimas CPIs e dar continuidade, porque temos inclusive informações de que grandes empresas compram do pequeno, descontaram do Fundo Estadual de Transportes (Fethab) e declararam como exportação. O rombo pode ser maior do que imaginamos”, finalizou Riva.
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