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POLÍTICA & PODER Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2018, 09:32 - A | A

Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2018, 09h:32 - A | A

OPERAÇÃO BERERÉ

Deputados alvos de operação contra fraudes no Detran

Redação

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A Operação Bereré, deflagrada na manhã de hoje (19), visa dar cumprimento a mandados de busca e apreensão expedidos pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso. As investigações tiveram início na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (DEFAZ), sendo que as medidas cautelares foram requeridas pelo NACO Criminal (Núcleo de Ações de Competência Originária) do Ministério Público Estadual e estão sendo cumpridas em Cuiabá, Sorriso e Brasília-DF, pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) e Polícia Judiciária Civil, com apoio da Polícia Militar, por meio do BOPE.

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berere

 

São alvos da operação o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), o deputado estadual Mauro Savi (PSB), o ex-deputado federal Pedro Henry, servidores públicos, empresas e particulares.  Os mandados estão sendo cumpridos nas residências de Botelho e Savi e também na presidência do Legislativo.

A investigação do Detran tem como base a delação premiada do ex-presidente da autarquia, Teodoro Moreira Lopes, o Doia, firmada há mais de um ano. O acordo foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Outro delator que também apontou Mauro Savi como beneficiário de esquema de propina no Detran foi o empresário Antônio Barbosa, irmão do ex-governador.

Documentos apreendidos na casa de Dalton Vasconcelos, que atuou como assessor parlamentar de Mauro Savi, já estão sendo encaminhados para a sede da Delegacia Fazendária. 

A operação tem por objetivo desmantelar uma organização criminosa, que atuava junto ao Detran urdida para desvios de recursos públicos.  Estão envolvidos no cumprimento da ordem judicial uma força tarefa com aproximadamente 200 integrantes, dentre Policiais Civis, Policiais Militares, Delegados de Polícia e Promotores de Justiça.

Dóia  revelou esquemas de corrupção na autarquia que tiveram início em 2009. Conforme os depoimentos prestados por ele ao Ministério Público, o esquema renderia pelo menos R$ 1 milhão por mês. As empresas FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação (hoje EIG Mercados Ltda.) e a Santos Treinamento Ltda teriam sido usadas para lavar dinheiro no esquema. 

A empresa FDL cobrava uma taxa que variava entre R$ 170 a R$ 400 e ficava com 90% do valor arrecadado, repassando apenas 10% aos cofres da autarquia. Já a A EIG Mercados, em 2009, venceu uma licitação para ser a responsável pelos serviços de registro de financiamentos de contratos de veículos no Detran. O prazo era de 20 anos.

 

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