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26 de Setembro de 2024

POLÍCIA Sexta-feira, 16 de Setembro de 2022, 12:11 - A | A

Sexta-feira, 16 de Setembro de 2022, 12h:11 - A | A

CLAMAT

Servidores da prefeitura usam maquinário público para desmatar fazendas e fazer queimadas

A ação no município, localizado no Norte de Mato Grosso, durou três dias.

Redação

Investigação da Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), em conjunto com a Gerência de Operações Especiais (GOE), identificou a prática de desmatamento e queimada ilegais em áreas rurais de Nova Bandeirantes (a 1.026 km de Cuiabá). O caso foi investigado na operação “Natura Clamat”, deflagrada na última quinta-feira (8). A ação no município, localizado no Norte de Mato Grosso, durou três dias.

Conforme a apuração, houve participação de servidores da Prefeitura Municipal, que faziam a abertura de estradas em regiões próximas as fazendas. Foram encontrados caminhões e máquinas, com a logomarca da Secretaria Municipal de Obras de Nova Bandeirantes, efetuando o desmate e queimada ilegal, bem como identificado que uma das propriedades pertence a um parente do atual prefeito do município.

Ao todo, sete pessoas que faziam a abertura de estradas e criação de loteamento sem autorização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), e sem planejamento legal para a execução do trabalhos, foram conduzidas até a Delegacia de Polícia para esclarecimentos.

Nos interrogatórios, um dos envolvidos, de 20 anos, servidor da Secretaria Municipal de Obras, assumiu a responsabilidade pelo dano ambiental, e afirmou ser o autor da ordem dos trabalhos para abertura de estradas sem a devida autorização legal. A delegada titular da Dema, Liliane de Souza Santos Murata Costa, explicou que, conforme mapas do Sistema de Monitoramento de Desmatamento e Queimadas do Estado, a região faz parte do Bioma Amazônico. Todavia, no último ano a área foi completamente devastada.

O inquérito policial instaurado pela Dema está em fase final de conclusão, sendo identificados os autores do crime que serão responsabilizados pelo dano ambiental e pelo ilícito penal, além do crime de responsabilidade e contra a administração pública ambiental do Estado de Mato Grosso.

“O dano causado a flora será valorado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica e encaminhado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente o mais breve possível, para que procedam também as providências administrativas objetivando o combate ao desmatamento e queimada ilegal”, destacou a delegada. Além do desmatamento também foram realizadas queimadas ilegal, causando a destruição da flora local.

Liliane Murata salientou que não é contra o crescimento regional local. Contudo, o crescimento e desenvolvimento local, quando envolve biomas mato-grossenses, devem ser feitos com autorização do órgão responsável pelo meio ambiente, a fim de minimizar os impactos ambientais e, neste caso, tudo fora feito de forma ilegal e arbitrária, razão que levou a Polícia Civil a investigar o caso e autuar os criminosos.

Nome da operação

A operação denominada “Natura Clamat” é uma expressão em latim que significa a “Natureza Chora”.

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