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AGRONEGÓCIO Segunda-feira, 24 de Setembro de 2018, 14:05 - A | A

Segunda-feira, 24 de Setembro de 2018, 14h:05 - A | A

ANÁLISE

Milho: Preço baixo é “caminho sem volta”

Agrolink

 

Na visão do analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco, o viés baixista nos preços pagos ao produtor de milho é um “caminho sem volta”. Segundo o especialista, o dado mais importante para os preços foi o aumento dos estoques finais do último relatório da Conab.

 

“Os preços começaram a ruir depois da divulgação, pela Conab, do quadro de Oferta & Demanda de Milho da safra 2017/18, no seu relatório de setembro. O dado mais importante são os estoques finais que foram elevados em 37,36%, passando de 10,08 milhões de toneladas, da estimativa de agosto, para 13,85 milhões de toneladas, na de setembro, um aumento de 3,8 milhões de toneladas, provocado, principalmente, pela redução das exportações brasileiras de milho que, por sua vez, passaram de 30,0MT para 25,5MT”, explica. 

 

De acordo com Pacheco, toda esta sobra se voltou para o mercado interno, fazendo pressão sobre os preços: “Como dissemos várias vezes, milho acima dos R$ 40,00 não era suportável pelos compradores, principalmente produtores de carne de aves e suínos, que vivem momentos de dificuldade muito grande com o cancelamento de vários contratos de exportação, sendo obrigados, eles também, a vender seus produtos no mercado interno a preços menores. Então, há uma pressão de toda a cadeia por custos menores que deságua no produtor de milho”.

 

“A nós parece um caminho sem volta, como também descrevemos nesta semana, por várias razões. Mas, a principal delas é este aumento brutal na disponibilidade interna de milho, que deve ser escoado (até por que há uma safra de verão a caminho) e que, por isso, pressiona os preços”, conclui Pacheco.

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