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26 de Abril de 2024

BRASIL Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2020, 10:14 - A | A

Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2020, 10h:14 - A | A

APÓS FRASE NAZISTA

Maia pede afastamento de secretário da Cultura: 'Inaceitável'

O Globo

André Coelho / Agência O Globo

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) pediu, na manhã desta sexta-feira, o afastamento do cargo do secretário da Cultura do governo Jair Bolsonaro, Roberto Alvim. Em uma rede social, o deputado compartilhou uma matéria do GLOBO sobre uma fala do secretário publicada em vídeo na quinta-feira. No vídeo, Alvim copiava o discurso do ministro da propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels. 

 

Na publicação, Maia diz que o secretário passou de todos os limites e classificou o discurso como "inaceitável". Segundo ele, o governo Bolsonaro deveria afastar Alvim urgentemente do cargo.

 

O vídeo foi publicado no perfil oficial da Secretaria Especial de Cultura para anunciar o Prêmio Nacional das Artes, projeto com valor total de R$ 20 milhões. No discurso de Alvim, ele afirma que "A arte brasileira da próxima década será heróica e nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada".

 

No discurso original de Goebbels, segundo o livro "Goebbels: a Biography", de Peter Longerich, o líder nazista afirmou: "A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada"

 

Além do trecho copiado do discurso de Goebbels, outra referência ao regime de Adolf Hitler é a trilha sonora do pronunciamento: a ópera "Lohengrin", de Richard Wagner. O compositor alemão era celebrado pelo líder nazista e teve grande influência em sua formação ideológica.

 

Reações

O presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi (SP) divulgou uma nota de repúdio contra a fala de Alvim. Rossi pede que Bolsonaro tome as "medidas cabíveis" e cita os combatentes das Forças Expedionárias Brasileiras (FEB) que atuaram na Segunda Guerra Mundial.

 

"Repudiamos o infame “copia e cola” da propaganda nazista produzido pelo secretário especial de Cultura, Roberto Alvim. Esperamos que o presidente da República tome as medidas cabíveis, em nome dos brasileiros de todas raças e credos que combateram o nazismo e fascismo nas fileiras das Forças Expedicionárias Brasileiras".

 

 

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