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CIDADES Quinta-feira, 31 de Outubro de 2019, 09:50 - A | A

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ABASTECIMENTO

Conciliação pode ser saída para impasse sobre poços no Distrito Industrial

Redação

Reprodução

 

O Ministério Público Estadual (MPE) manifestou a intenção de buscar a conciliação ou a mediação para resolver o impasse sobre o uso de poços tubulares pelas empresas do Distrito Industrial de Cuiabá e outros usuários. A questão está judicializada e, caso não seja resolvida rapidamente, pode fazer com que empresas do Distrito deixem de produzir por não conseguirem renovar sua outorga. A situação pode impedir, inclusive, a implantação de novas indústrias, já que está proibida a emissão de novas outorgas.

 

Na última semana, representantes dos empresários do Distrito Industrial e de outros setores reuniram-se com o procurador-geral de justiça, José Antônio Borges, e com o procurador Luiz Alberto Esteves Scaloppe, titular da Procuradoria Especializada Ambiental do MPE, para tratar do assunto. No encontro – do qual participaram as diretorias da AEDIC, do Sindimec, da ABAS e do Sindenergia – os procuradores demonstraram interesse em promover a conciliação junto à Justiça, por meio da Central de Conciliação de 2º grau do TJMT, para resolver o impasse.

 

As indústrias e empresas instaladas no Distrito precisam dos poços artesianos para garantir o abastecimento regular de água a contento. Porém, desde janeiro de 2019, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) está impedida de emitir novas outorgas ou renovações para utilização dos poços em decorrência da assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a concessionária Águas Cuiabá e o próprio Ministério Público Estadual. A alegação para tal medida foi uma possível contaminação das águas subterrâneas da região pelo uso dos poços, porém, sem apresentação de estudos técnicos que a comprovem.

 

Em maio deste ano, Associação das Empresas do Distrito Industrial  de Cuiabá (AEDIC), o Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (SINDUSCON-MT), o Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânica de Manutenção Industrial e de Material Elétrico do Estado de Mato Grosso (SINDIMEC), a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS), por meio de sua advogada Alessandra Panizi Souza, obtiveram uma liminar que suspendeu as cláusulas que impediam a SEMA de renovar ou conceder novas outorgas.

 

Porém, meses depois, em agravo proposto pelo MPE, o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Marcio Vidal, concedeu uma decisão derrubando a suspensão do TAC. Os usuários de água instalados no Distrito, então, entraram com um agravo interno buscando reverter a situação e aguardam a manifestação do desembargador sobre o pedido.

 

“O TAC foi firmado sem consulta aos empresários envolvidos e sem apresentar nenhum estudo que identificasse a contaminação que dizem que os poços podem causar. As empresas precisam de um abastecimento regular para funcionar, manter sua produção. Temos caldeiras funcionando todo o tempo, imagina uma delas parar por falta de água?! É um risco enorme até de segurança”, afirma a presidente da AEDIC, Margareth Buzetti.

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