Pesquisa aponta que no mês de março cresceu o índice de endividamento das famílias brasileiras, sendo que o cartão de crédito continua como o maior responsável pelo desequilíbrio nas contas.
Foi a terceira alta mensal consecutiva do indicador e o maior índice desde setembro de 2015, ou seja, há quase 4 anos. O percentual de famílias endividadas atingiu em março 62,4%, um aumento de 0,9% em relação a fevereiro deste ano, e de 1,2% se comparado a março de 2018. Também cresceu o número de famílias inadimplentes, aquelas que já têm dívidas em atraso, passou de 23,1% em fevereiro para 23,4% em março.
Os financiamentos dos carros e carnês de loja puxam esse endividamento para cima, mas o maior vilão dos descontroles das contas continua sendo o cartão de crédito. Conforme o economista Edisantos Amorim, o cartão sendo utilizado de forma consciente é benéfico, porém, da forma como a maioria dos brasileiros usa sem planejamento, acaba sendo um grande problema.
O momento quando o cartão de crédito passa a ser o vilão, é quando ele soma o limite do cartão com a renda, como se isso fosse um dinheiro real, sendo que a partir daí, ele faz um compromisso com dinheiro que não tem e a dívida pode se tornar uma “bola de neve”.
Edisantos lembra que o marketing de consumo está em todo lugar, e falta consciência para as pessoas, que saem comprando.
“Hoje você liga uma televisão, rede social, está todo mundo lá colocando produtos, a juros e parcelas a perder de vista, então isso é o marketing de consumo, e as pessoas não têm consciência e saem comprando, um grande erro que vejo são pessoas com cartão superdimensionado. Ou seja, eu ganho R$ 2 mil, mas meu limite é R$ 5 mil, e a pessoa acha que tem dinheiro, e saem comprando”, frisou o economista.
Edisantos diz ainda que um dos problemas é a forma do consumo inconsciente, por as pessoas acharem que o que está no limite do cartão de crédito é dinheiro, e sair gastando.
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