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ESPORTE Quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2020, 08:54 - A | A

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Khelaifi e Valcke são indiciados na Justiça suíça por corrupção em venda de direitos de transmissão

Globo Esporte

AFP

Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG

 

O Gabinete do Procurador Geral da Suíça (OAG) indiciou Nasser Al-Khelaifi, presidente do Paris Saint-Germain e do grupo de mídia BeIN, o francês Jerôme Valcke, ex-Secretário-Geral da Fifa, e um empresário do setor esportivo por corrupção na concessão de direitos de transmissão, para Itália e Grécia, de diferentes edições da Copa do Mundo e da Copa das Confederações, de 2018 a 2030. As irregularidades foram entre 2013 e 2015.

 

Valcke é acusado de aceitar subornos, má gestão criminal agravada e falsificação de documentos. Al-Khelaifi teria incitado a conduta. O terceiro envolvido, empresário do ramo de direitos esportivos, também cometeu corrupção ativa, além de suborno propriamente dito.

 

Valcke teria sido reembolsado por um depósito de € 500 mil (cerca de R$ 2,3 milhões no câmbio atual) referente a uma vila na Sardenha, comprada por Al-Khelaifi através de uma empresa. Isso teria dado ao acusado o direito exclusivo de usufruir da moradia na Itália por 18 meses, até sua suspensão por 10 anos pela Fifa, o que o isentou de pagar um aluguel estimado entre € 900 mil e € 1,8 milhão.

 

Do terceiro réu, o empresário não nomeado do setor esportivo, Valcke recebeu três pagamentos no valor total de € 1,25 milhão para sua empresa Sportunited Sàrl. Isso tudo leva à acusação de gestão irregular, "decorrente do fato de que Valcke não tenha anunciado as vantagens mencionadas à Fifa, comportando-se de maneira contrária a seus deveres no âmbito de sua atividade de Secretário-Geral, e de ter ficado rico ilegalmente".

 

A parte do inquérito de falsificação de documentos é referente aos balanços da Sportunited Sàrl de 2013 e 2014. Os três pagamentos citados foram contabilizados como empréstimos.

 

Acordo da Fifa com Khelaifi não impede inquérito

 

O Ministério Público da Suíça lembra que esses procedimentos criminais foram abertos em março de 2017, com base em denúncia criminal da Fifa apresentada em dezembro de 2016, por suborno privado, contra os três réus. Observa também que, depois de ter conduzido a audiência final em dezembro de 2019, anunciou por escrito às partes que concluiria o processo registrando uma acusação formal.

 

Ainda diz o comunicado do MP suíço que a Fifa informou à Justiça do país no fim de janeiro de 2020 que teria encontrado um acordo amigável com o presidente do PSG, sem definir exatamente o teor, retirando a denúncia criminal contra ele e, em parte, a relacionada ao ex-Secretário-Geral da Fifa. A promotoria especifica que o ato se refere às acusações de corrupção ativa e passiva entre Al-Khelaïfi e Valcke em conexão com a alocação de direitos de mídia para as Copas do Mundo de 2026 e 2030, bem como outros torneios no mesmo período na região do Oriente Médio e Norte da África, em troca da concessão das vantagens mencionadas em relação à vila na Sardenha.

 

Como a Justiça suíça considera o suborno de indivíduos particulares um crime apenas por causa de uma reclamação, a retirada da queixa significa que o requisito processual não era mais cumprido para essas acusações. O MP, então, teria que encerrar a parte do processo original em relação a esta alegação. Mas passou a tratar como outro separadamente a partir de fevereiro de 2020.

 

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