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ESPORTE Terça-feira, 02 de Março de 2021, 15:25 - A | A

Terça-feira, 02 de Março de 2021, 15h:25 - A | A

GOIÁS

Presidente revela caos financeiro e diz que clube passa pela pior crise de sua história

Segundo Paulo Rogério Pinheiro, primeiros meses de mandato serviram para "apagar incêndio" como até mesmo o risco de perder jogos por W.O. na Série A

Globo Esporte

Presidente do Goiás, Paulo Rogério Pinheiro usou os dois primeiros meses de mandato para “apagar incêndio”. Foi dessa forma que o próprio dirigente resumiu os desafios que vem enfrentando no dia a dia do clube em entrevista coletiva nesta terça-feira.

Paulo Rogério afirmou que o clube vive a pior crise financeira de sua história. Entre vários problemas, o presidente esmeraldino revelou que o time chegou a correr riscos de perder jogos na Série A por W.O. devido à falta de dinheiro.

Em aproximadamente uma hora de entrevista, o presidente do Goiás evitou fazer críticas à gestão passada e afirmou que o ex-presidente, Marcelo Almeida, foi abandonado no fim de seu mandado.

Para driblar a crise, além de enxugar o quadro de funcionários a estratégia será usar a criatividade para reformular o elenco. Reforços devem chegar em maior número para a Série B do Campeonato Brasileiro, mas não serão muitos.

Equipes de observadores estão espalhadas por estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, de onde devem sair as principais contratações.

Confira os principais tópicos da entrevista de Paulo Rogério Pinheiro:

Maior crise da história
- O Goiás está passando pela maior crise da história do clube. Peguei essa “batata quente” sabendo disso, não estou reclamando. Reforços virão, claro. Mas virão reforços que sejam para somar, para o time titular. Já contratamos quatro atletas para o time sub-20. Se um dia subirem para o profissional, vamos apresentá-los para a torcida.

Risco de W.O. na Série A
- O que eu fiz até agora nesses dois meses foi apagar incêndio dia a dia. Corremos risco de perder duas partidas por W.O. na Série A. Foram coisas absurdas, falta de dinheiro, dívidas e tudo mais. O que eu fiz foi enxugar o quadro financeiro, extinguimos cargos, isso reflete muito pouco em campo de início. Por mais que se enxugue o quadro, isso representa pouco em relação ao orçamento do futebol. Não posso errar nas contratações. Não temos dinheiro. Se errarmos, tudo o que fizemos irá por água abaixo.

Perfil das novas contratações
- Temos equipes em São Paulo para todos os jogos das Séries A-1 e A-2 do Campeonato Paulista. Temos uma equipe vendo jogos no Rio de Janeiro e estamos terminando de montar uma equipe em Minas. Essas pessoas não se conhecem, tudo será reportado ao Harlei (diretor de futebol) e a mim. Tendo algum jogador interessante, vamos analisar. Não temos dinheiro e receita, então temos que utilizar a criatividade para buscar esse perfil de vontade, sangue no olho e que queira algo para a vida. Atleta que quer só fazer turismo, com certeza não vem.

União com a torcida
- Em nome do Goiás e das gestões passadas, peço desculpas pelo que aconteceu em 2020. Vou fazer 110% para não passarmos essa vergonha que passamos em 2020. A torcida tem que dar um voto de confiança. Se não unirmos torcida, dirigente e jogadores, o ano será de muita tristeza. A situação é caótica, mas com a criatividade que estamos tendo para revelar jogadores e buscar jogadores que cheguem para a equipe titular, podemos fazer um bom trabalho. Não falo em número de reforços. Para compor elenco, vamos usar a base e os meninos que estamos buscando para compor o sub-20.

Dívidas do ano passado
- Ao todo, gastamos R$ 1 milhão e 50 mil por mês para jogadores e treinadores de 2020. Com os outros que estão saindo, vamos parcelar de 10 a 24 meses. Essa é nossa situação. O que posso garantir na minha gestão é que treinador não vai mais contratar jogador. Pode até indicar, mas nós que vamos analisar e decidir. O treinador não pode vir, encher o elenco e depois ir embora. Isso não vai acontecer mais.

Ex-presidente abandonado
- Vou falar pela primeira e última vez sobre o passado do Goiás. A torcida do Goiás quer ter vitórias, títulos, quer ter orgulho do clube e que eu seja um presidente ativo, que resolva os problemas. Estou aqui para dirigir o clube para os torcedores e associados. Problemas passados e internos serão discutidos pelo conselho. O próprio presidente do clube, e eu estava com o Marcelo Almeida desde novembro, falou que estava abandonado no fim do mandato. Todo setorista que cobre o Goiás pode confirmar isso. Quando o Marcelo teve Covid-19, o Goiás não tinha ninguém aqui, tanto é que eu vim para ajudá-lo. Os próprios funcionários internos aqui do clube se acovardaram porque sabiam da situação delicadíssima, são remunerados para isso e não acionaram os órgãos competentes do conselho.

 

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