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BRASIL Terça-feira, 11 de Setembro de 2018, 15:07 - A | A

Terça-feira, 11 de Setembro de 2018, 15h:07 - A | A

DENUNCIA AO MP

Palocci diz que Lula atuou diretamente em pedido de propina

Juliana Moraes, do R7, com Estadão

 

O ex-ministro Antonio Palocci prestou depoimento à força-tarefa da Operação Greenfield e declarou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atuou “diretamente” em alguns pedidos de propina.

 

Os pedidos foram relacionados à compra de caças suecos durante o governo Dilma Rousseff. Lula é réu na ação dos caças pelos crimes de lavagem de dinheiro, tráfico de influência e associação criminosa. 

 

Em 26 de junho passado, Palocci mencionou em um depoimento um suposto acerto que envolveria até autoridades francesas.

 

Ao juiz Sérgio Moro, em depoimento sobre a Lava Jato, Palocci atribui a Lula um suposto 'pacto de sangue' de R$ 300 milhões com a empreiteira Odebrecht.

 

Nesta ação referente à compra dos caças, Lula, seu filho Luís Cláudio e o casal de lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni respondem pela acusação de participarem de "negociações irregulares que levaram à compra de 36 caças do modelo Gripen pelo governo brasileiro e à prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da Medida Provisória 627", durante o governo Dilma.

 

O juiz federal da 10ª Vara de Brasília, Vallisney de Oliveira, marcou para 20 de novembro os depoimentos do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci e do ex-chefe da Defesa Nelson Jobim.

 

 

Previ nega irregularidades citadas por Palocci em depoimento à PF

 

Ao marcar o interrogatório, o juiz diz que Palocci "prestou depoimento onde mencionou que tinha conhecimento de fatos em investigação neste processo especialmente "atuação direta do ex-presidente Lula, como dos caças….".

 

Para o magistrado, ao ser ouvido em setembro de 2017, Jobim não mencionou que tenha havido alguma reunião entre ele, Lula e o ex-presidente da França Nicolas Sarkozi, "não tendo dito nada sobre assinatura de documento ou protocolo referente ao caça Mirage francês no dia seguinte à reunião, cujo documento teria ficado de posse de Nicolas Sarkozi, como afirmara o ex-ministro Palocci ao Ministério Público Federal".

 

No entanto, o juiz ponderou que as declarações "sucintas e diretas" de Palocci "precisam ser contrastadas em Juízo com as demais provas". "Essas declarações de Antonio Palocci estão em manifesta contradição com o depoimento da referida testemunha Nelson Jobim", observou o magistrado.

 

Para ele, se Palocci mantiver sua versão, Jobim deve ser "reperguntado" sobre a reunião que teria "durado noite adentro", "e se de fato o representante da França saiu com uma espécie de contrato ou protocolo de compromisso da compra dos caças franceses Mirage, um dos objetos deste processo criminal, e ainda se houve alguma menção ou negociação de propina nessa reunião".

 

Ao R7, a defesa do Lula declarou que "Palocci fala mentiras sem provas contra Lula para tentar obter benefícios judiciais e sair da prisão."

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