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ENTRETENIMENTO Domingo, 15 de Dezembro de 2019, 08:28 - A | A

Domingo, 15 de Dezembro de 2019, 08h:28 - A | A

SUCESSO EM 2019

Sucesso em 'A vida invisível' e 'Éramos seis', Julia Stockler comenta fama aos 31: 'Agradeço por não ter sido aos 17'

O Globo

"Foi o ano da catarse", resume Julia Stockler sobre o seu 2019. Atriz desde a infância e há dez anos professora de teatro, Julia, de 31 anos, brilhou no audiovisual este ano. No cinema, em “A vida invisível”, de Karim Aïnouz, ela é Guida, a irmã rebelde da pianista Eurídice (personagem de Carol Duarte e Fernanda Montenegro). O filme é a aposta do Brasil na pré-seleção para o Oscar. Já em “Éramos seis”, novela das 18h no ar na TV Globo, ela vive Justina, a filha autista rejeitada pela mãe, Emília (Susana Vieira), numa época em que não existia diagnóstico para o transtorno mental.

 

Ana Branco / Agência O Globo

 

— Assim como a Guida, Justina é uma personagem que tem uma relação muito forte com a irmã e que é marginalizada pela sociedade. A diferença é que a Guida é força, enquanto Justina está no lugar da reclusão. Fui de um extremo ao outro.

 

Tanto Guida quanto Justina fizeram com que Julia passasse a ser reconhecida nas ruas, algo com que ela ainda está se acostumando.

 

— Agradeço ao universo por não ter me colocado com 17 anos numa novela. Com 31, você sabe muito o seu lugar de partida, a sua expectativa. Seu desejo de estar ali é enraizado. Não é pela fama, é pelo trabalho. Nunca tive desejo de ser conhecida. Essa coisa da rua me dá um pouco de medo. Estava vendo a final do Flamengo animadérrima e meu ex-marido falou assim: “As meninas do lado estão dizendo que você é da novela”. E eu “ai, meu Deus, tira esse cigarro, essa cerveja!” Isso muda o comportamento, mas, ao mesmo tempo, é interessante porque são personagens com as quais as mulheres se identificam.

 

Outra grande experiência este ano foi a ida ao Festival de Cannes, onde "A vida invisível" venceu o prêmio “Un certain regard”. A atriz também conta como a maturidade foi importante para lidar com um ambiente que, por trás do glamour, se revela machista.

 

— Ouvi um produtor estrangeiro em Cannes falar para uma pessoa da nossa equipe que queria trabalhar comigo porque se apaixonou pelo meu sorriso. O cara viu o filme e não falou nada do meu trabalho. Aí eu falei: ‘Eu não quero encontrar com este homem’. Mesmo sabendo a obra que esse cara tem.

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