O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou em entrevista ao programa GloboNews Política que a reforma tributária deverá pacificar a relação entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores.
A entrevista vai ao ar nesta sexta-feira (14), às 21h30, na GloboNews .
Na semana passada, Bolsonaro lançou um "desafio" aos governadores. Prometeu zerar os tributos federais incidentes sobre combustíveis se os governadores fizessem o mesmo em relação ao ICMS, tributo estadual. A declaração foi considerada "irresponsável" pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
"Eu acho que isso [reforma tributária] pacifica. É por aí que nós temos que construir a solução. E não só conversamos isso com os governadores. Eu conversei também com o presidente e tive uma reunião com os secretários de Fazenda", afirmou Guedes.
"Eu acho que o presidente chamou atenção para o peso dos impostos dentro do preço do combustível, isso é um fato. O presidente chamou atenção: 'Olha, o combustível está com muito imposto'. Por outro lado, os governadores também deram ênfase ao fato: 'Olha, mas nós estamos sem recursos e não podemos abrir mão desta arrecadação no momento'", acrescentou.
Para o ministro, "tudo aponta" para a reforma tributária, uma vez que o presidente avalia existir uma carga alta de imposto sobre os combustíveis, e os governadores dizem que estão com poucos recursos.
Base de impostos
Na entrevista ao GloboNews Política, o ministro da Economia acrescentou ser preciso modernizar a base de impostos.
Para Paulo Guedes, é preciso reduzir os impostos indiretos porque tornam o custo de vida "muito caro" para a população.
“Nós temos que modernizar a base de impostos no Brasil, vamos trabalhar juntos nessa reforma tributária e vamos achar a alternativa correta. Ao mesmo tempo para reduzir os impostos indiretos são esses que justamente são regressivos, tornam o custo de vida muito caro para a população brasileira, combustível caro, eletricidade cara, nós temos que, justamente, marchar em direção a novos impostos. Essa nossa ideia de ir em direção a imposto sobre valor adicionado, que vai ser o coração da reforma tributária, é muito nessa direção", concluiu.
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