Cuiabá, 26 de Abril de 2024
Notícia Max
26 de Abril de 2024

POLÍCIA Terça-feira, 10 de Julho de 2018, 13:47 - A | A

Terça-feira, 10 de Julho de 2018, 13h:47 - A | A

SEM PISTAS

Banco continua fechado 10 dias após roubo e valor levado não é informado

GAZETA DIGITAL

REPRODUÇÃO

 

 

Dez dias após o assalto ao Banco do Brasil da Avenida Getúlio Vargas, centro de Cuiabá, que mobilizou dezenas de policiais militares num fim de semana, a agência continua fechada passando por reparos. O gerente administrativo do Banco do Brasil em Mato Grosso, André Boos, recebeu a reportagem do Gazeta Digital para uma entrevista sobre o assunto na manhã desta terça-feira (10), mas não respondeu a maioria dos questionamentos feitos. Ele confirmou que o banco já sabe a quantia exata de dinheiro que foi levada pelos ladrões, mas sob o argumento de que o caso é sigiloso, não revelou o valor. 

 

Por outro lado, confirmou que também foram levadas armas do banco. Porém, não deu detalhes sobre a quantidade e nem se elas estavam guardadas em algum local ou se eram usadas por algum vigilante da agência bancária. Ele não informou se algum guarda estava na agência quando foi invadida.

 

Boos também disse, com base na investigação conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil, que os ladrões entraram no banco no sábado (30 de junho) e não na sexta-feira (29), como foi especulado na ocasião do roubo. A Polícia Militar só foi acionada no começo da noite de domingo (1º de julho) e fez uma varredura na região, bloqueando a Avenida Getúlio Vargas, mas nenhum envolvido no crime foi localizado.

 

 

Parte da estrutura física do local foi danificada pelos criminosos que deixaram salas totalmente reviradas e cofres cortados. Algumas ferramentas foram usadas para arrombar cofres, sistema de segurança e um buraco na parede foi deixado. Os bandidos entraram pelo telhado na unidade no sábado (30) e permaneceram por pelo menos 2 dias. A prática desse crime, segundo o gerente do BB, é "muito utilizada no interior do Estado".

 

O roubo começou a ser investigado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado no começo deste mês. Porém, até o momento nenhum suspeito foi preso e nenhum valor foi recuperado. Há suspeita de que funcionários ou seguranças, tenha participado do assalto. Porém, a informação é sigilosa e não foi confirmada.

 

André Boos afirmou que a demora no restabelecimento dos serviços é devido aos reparos que precisam ser feitos na estrutura física agência por causa dos danos causados pelos criminosos.

 

Fios foram cortados, parede foi danificada e o cachorro quente que estava na geladeira foi 'consumido' pelos bandidos. Até um bilhete foi deixado pelos criminosos com um recado audacioso na porta da agência: "Muito obrigada pela gentilesa".

 

A dministração acredita que as obras devem ser finalizadas até a próxima sexta-feira (13). Mas ainda não há previsão de reabertura do banco para atendimento ao público. André Boos explica que existe todo um procedimento a ser seguido.

 

Antes da retomada dos serviços, a Polícia Federal precisa ser acionada para fazer uma perícia e constatar se os serviços de reparos executados foram realizados de acordo com a plataforma de segurança exigida. Após a autorização da PF, a Superintendência  Proteção e Defesa do Consumidor de Mato Grosso (Procon) também precisa ser notificada para informar os consumidores.

 

Prejuízos e gastos com reparos

Ainda conforme o gerente do Banco do Brasil, para a reforma da unidade onde funciona o escritório digital, agência empresa, unidade de plata forma operacional e agência de atendimento do BB, foram gastos R$ 5,8 mil sendo R$ 1,8 mil para refazer cabeamentos, reinstalar alarmes e sistema de monitoramento e outros R$ 4 mil para a restauração dos cofres. 

 

Porém, tanto o valor em dinheiro levado pelos ladrões quanto os danos serão pagos pela seguradora. "A única coisa que queremos é que a polícia solucione o caso. Prenda quem tiver que prender. Mas, roubos em agências sempre têm de 3 a 4 casos por semanas em diversos bancos. Contudo, o que podemos adiantar é que essa unidade estava há 20 anos sem o registro de nenhum sinistro. O último foi com a prisão do Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, conhecido como líder do Primeiro Comando da Capital", finalizou. 

CLIQUE AQUI e faça parte do nosso grupo para receber as últimas do Noticia Max.

0 Comentários