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POLÍTICA & PODER Terça-feira, 19 de Março de 2019, 10:07 - A | A

Terça-feira, 19 de Março de 2019, 10h:07 - A | A

GRAMPOLÂNDIA

Coronel Zaqueu pede para ser reinterrogado em ação sobre grampos ilegais

Redação

Divulgação

 

A defesa do ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa, ingressou na segunda-feira (18) com pedido para ser interrogado novamente pelo juiz da 11ª Vara Criminal Especializada em Justiça Militar, Marcos Faleiros,  acerca dos supostos crimes praticados por militares no escândalo de escutas ilegais apelidado de "Grampolândia Pantaneira". 

 

Zaqueu repetiu o gesto do também coronel Evandro Lesco e do cabo Gerson Corrêa Júnior, que fizeram o mesmo na semana passada e tiveram o pedido acatado pelo juiz Faleiros. Com o pedido, gera a expectativa de que o coronel poderá revelar novos fatos sobre o assunto.

 

O magistrado agendou para os dias 16 e 17 de julho, a partir das 13h30, Fórum da Capital, a oitiva dos militares. Após os pedidos, o promotor Allan do Ó, que atua frente à Vara Militar emitiu parecer favorável ao deferimento das novas oitivas.

 

Além de Zaqueu, são réus na ação, o ex-secretário-chefe da Casa Militar, coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco, o coronel Ronelson Barros, ex-adjunto da Casa Militar, o cabo PM Gerson Correa, e o coronel Januário Batista. 

 

Em julho de 2017, o ex-comandante negou ter ordenado a criação de núcleo para que houvesse um suposto esquema de escutas telefônicas clandestinas. Na ocasião, ele ainda tentou adiar o depoimento alegando fortes dores em decorrência de uma hérnia inguinal. No entanto, o magistrado não acatou ao pedido.

 

Zaqueu é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por falsificação de documento público, falsidade ideológica e realização de operação militar sem ordem superior. Caso seja condenado, ele pode pegar até 23 anos de prisão. O esquema dos grampos ilegais foi denunciado à Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, que foi secretário de Segurança em 2015. O assunto foi tema de reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, em maio de 2017.

 

As escutas eram realizadas na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados. Entre os grampeados estavam jornalistas, políticos, médicos e advogados.

 

 

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