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POLÍTICA & PODER Quinta-feira, 19 de Julho de 2018, 14:53 - A | A

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FISCALIZAÇÃO

Geo-Obras acompanha 17.648 obras públicas de MT orçadas em mais de R$ 17 bi

Redação

 

Mato Grosso tem 17.648 obras públicas cadastradas no Sistema Geo-Obras do Tribunal de Contas, com valor estimado em R$ 17.362.902.875,67. Dessas, somente 421 estão paralisadas. Por meio desse instrumento tecnológico, criado em 2008 pelo TCE, é possível obter informações sobre todas as obras e serviços de engenharia do estado, desde o processo licitatório, contrato, aditivos, até o nome do fiscal e as medições do que já foi executado. Além disso, estão disponíveis para consulta 595 mil documentos e 375 mil fotos.

 

Esta semana, o TCE comemora 10 anos da criação do Geo-Obras, um sistema idealizado e construído pelas equipes de tecnologia da informação e de controle externo de obras e serviços de engenharia. A ferramenta é inédita no Brasil e possui Certificação 90001 concedida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

 

Em uma década, o Sistema Geo-Obras conseguiu padronizar a forma de executar obras públicas em Mato Grosso, garantindo qualidade na fiscalização e gerenciamento do que é feito nas administrações públicas municipais e estaduais. Para o cidadão, as inovações do sistema proporcionam controle sobre a aplicação do dinheiro público.

 

Antes do Geo-Obras existir, os auditores do TCE se deslocavam para o interior a fim de fiscalizar as obras sem possuir nenhuma informação. "Mais parecia uma adivinhação", lembra o engenheiro civil e auditor público externo, André Luiz Souza Ramos, recordando os tempos difíceis da verificação in loco das obras. "Era muito complicado, o Estado é muito grande. Chegávamos a um município e às vezes a obra não tinha relevância. Com o sistema Geo-Obras os auditores têm dados, é possível cruzar com outros sistemas e a auditoria já sai do TCE planejada, com os possíveis riscos. É muito mais produtivo", observa o engenheiro.

 

Com 30 anos de TCE, André Luiz participou do primeiro cadastro de obras para a criação do Sistema Geo-Obras. "A dificuldade era como iniciar um banco de dados oficial, pois o Tribunal não tinha como exigir do jurisdicionado o envio de informações sem um padrão estabelecido. Então foi preciso formar várias equipes de auditores e visitar os municípios para coletar dados das obras que estavam em andamento. Em um mês tínhamos o primeiro banco de dados", contou. No final de 2008, havia 660 obras cadastradas.

 

A auditora Narda Consuelo Vitório Neiva Silva, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas (Ibraop), recorda que em 2008 a Secex Obras foi convocada pela Presidência do TCE para desenvolver o sistema, unindo conceitos de engenharia e informática para prestação de contas das obras realizadas pelos municípios e o Estado. "A proposta era construir três interfaces: os controles externo, interno e social. A nova ferramenta favoreceu a fiscalização, que passou a planejar melhor e saber onde os recursos eram investidos. Paralelamente, o cidadão teve acesso a informações sobre obras, assim como outros órgãos de controle externo, nossos parceiros. É um trabalho que não para nunca", comenta.

 

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