Os vereadores da Grande Cuiabá estiveram realizando na manhã desta sexta-feira (28), uma inspeção nas obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), com visita ao depósito dos vagões, localizado atrás do aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, e nas vias onde foram instalados os trilhos do modal, na Avenida da FEB e Fernando Correa, que devido à demora na continuidade das obras estão tomados pela ferrugem, pois se encontram paradas desde 2014.
O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Misael Galvão (PSB), frisou logo no começo da fiscalização que já estava tomado pela emoção, por ver a obra que custou mais de R$ 1 bilhão totalmente abandonada, parecendo um cemitério de vagões.
“Isso é um desrespeito com o povo cuiabano e com o povo várzea-grandense, se falar mais coisas eu também vou chorar, tenho emoção e sentimento e estou sentindo o que a população sente na pele. Tem um estrutura muito grande, paga, mais de 1 bilhão que está aqui largada e abandonada, virando um cemitério de vagões e estrutura”, frisou.
Presidente da Câmara Municipal de Várzea Grande, Fábio Tardin (DEM) anunciou a realização de audiência pública para busca de informações mais concretas do Governo do Estado, sendo Várzea Grande o município mais afetado com os trabalhos já realizados.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), João Valente, desde o início a instituição faz o acompanhamento, com a emissão de relatórios encaminhados ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas nesse momento admite que carece de uma atualização.
“Entendemos que não é preciso apurar somente que houve irregularidades, que houve desvio de dinheiro, mas que seja retornado aos cofres do Estado para sua continuação. Não basta dizer que não tem recursos e deixar um patrimônio desse parado. No caso, a troca de modal não deveria ser discutida e sim a agilidade em sua conclusão”, frisou Valente.
De acordo com uma nota divulgada pela assessoria do Consórvio VLT, são gastos anualmente cerca de R$ 4 milhões em manutenção, segurança e seguros dos vagões, arcados pelo Consórcio responsável desde a paralisação das obras, sem o devido ressarcimento até o presente momento.
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