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BRASIL Sábado, 27 de Julho de 2024, 08:00 - A | A

Sábado, 27 de Julho de 2024, 08h:00 - A | A

cerimônia no Palácio

Lula critica ausência de governadores em evento e ataca Roberto Campos Neto

R7

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta sexta-feira (26), a ausência de diversos governadores do país na cerimônia realizada pelo governo federal, no Palácio do Planalto. Na ocasião, apenas oito chefes de Executivo estaduais e três vice-governadores estavam presentes. O petista também falou do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, questionando se a autoridade monetária tem respeito pela população.

“Mostrar para a sociedade brasileira que a convivência democrática respeitosa na adversidade é para lutar para alguma cidade, para algum estado e para a União. Eu, todas as vezes que viajo para estado, convoco o governador. Eu quero que ele vá, que ele fale, que ele diga o que tiver para dizer para o povo. Alguns não têm comparecido, possivelmente ainda pela imagem negacionista de um presidente da República que só viajava para o estado que ele gostava, só viajava para atender amigos e não dava importância para aqueles que pensassem diferente dele. É uma coisa absurda”, disse Lula.

 

“É evidente que, quanto melhor o diálogo, maior entrosamento, melhor [será] o resultado. Um time entrosado tende a vencer mais partidas do que um time desentrosado. Queremos deixar no passado, aquilo nas relações federativas, de excesso de partidarização e politização. O prejuízo não é para o governo, é para quem mora nesses locais e poderiam ser atendidos com os nossos projetos”, disse Rui Costa, chefe da Casa Civil, quando questionado sobre a crítica de Lula aos governadores ausentes.

O presidente reconheceu que não é fácil para os governadores deixarem seus estados para irem a Brasília para as cerimônias realizadas pelo governo federal. “Mas a gente só chama porque é importante trazer o Brasil de volta à civilidade. A civilidade significa que os entes federados precisam construir parceria, significa que tem de trabalhar juntos, significa que um depende do outro, significa que juntos podemos fazer mais do que separados. É apenas por isso que a gente chama as pessoas aqui, porque queremos compartilhar”, acrescentou.

De acordo com o Palácio do Planalto, todos os governadores foram convidados para a cerimônia. No entanto, estavam presentes apenas Jerônimo Rodrigues (Bahia), Raquel Lyra (Pernambuco), Elmano de Freitas (Ceará), João Azevêdo (Paraíba), Renato Casagrande (Espírito Santo), Rafael Fontelles (Piauí), Fábio Mitidieri (Sergipe) e Wilson Lima (Amazonas). Os vice-governadores Hana Ghassan (Pará), José Carlos Barbosa (Mato Grosso do Sul) e Felicio Ramuth (São Paulo) também compareceram.

Na cerimônia, Lula voltou a criticar o presidente do Banco Central“O cidadão, jovem, bem-sucedido na vida, diz o seguinte: esse negócio de aumento do salário mínimo e da massa salarial crescendo pode gerar inflação. Significa que para não ter inflação, o povo precisa ganhar pouco? É preciso? Será que essa pessoa não tem respeito? Será que as pessoas pensam que alguém ganha salário mínimo porque quer ganhar salário mínimo? Que é pobre porque quer ser pobre? Não”, argumentou.

Agenda

As declarações foram dadas por Lula durante cerimônia, no Palácio do Planalto, em Brasília. Na ocasião, o governo anunciou o investimento de R$ 41,7 bilhões em obras de mobilidade urbana e prevenção a desastres naturais. No total, foram selecionados 899 empreendimentos propostos por 27 estados, 488 municípios e 1 consórcio, informou a Casa Civil.

De acordo com o Ministério das Cidades, comandado pelo ministro Jader Filho, os recursos serão distribuídos da seguinte forma: R$ 9,9 bilhões para obras de mobilidade; R$ 15,3 bilhões para obras de drenagem urbana; R$ 5,9 bilhões para obras de abastecimento de água e R$ 10,1 bilhões para obras de esgotamento sanitário.

Na área de mobilidade, 58 municípios de 24 estados serão atendidos. Em drenagem urbana, serão 190 cidades de todo o país, com previsão de quatro milhões de pessoas beneficiadas diretamente. Do valor para essa área, R$ 6,5 bilhões vão para os cofres do Rio Grande do Sul, estado assolado por chuvas e enchentes. Por fim, o abastecimento de água vai chegar em 300 municípios de 24 estados e o esgotamento sanitário, por sua vez, 287 cidades de 25 estados.

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