O Parlamento Europeu - o Legislativo que une deputados de todos os países da União Europeia - destituiu nesta terça-feira (13) a vice-presidente da Casa Eva Kaili.
Kaili está entre as quatro pessoas presas e acusadas na Bélgica pelo escândalo que provocou indignação em Bruxelas e ameaça prejudicar a imagem da União Europeia.
O caso, no qual a polícia descobriu pilhas de dinheiro, lança uma sombra sobre o Parlamento Europeu, que busca ser uma bússola moral, criticando os abusos de direitos globais e repreendendo os governos da UE por qualquer indício de impropriedade.
O Catar negou qualquer irregularidade.
O parlamento agiu rapidamente para afrouxar os laços com Kaili, com 625 deputados votando a favor da medida, apenas um contra e duas abstenções.
"A integridade do Parlamento Europeu vem em primeiro lugar", tuitou a presidente Roberta Metsola.
Michalis Dimitrakopoulos, advogado de Kaili na Grécia, disse na terça-feira: "A posição dela é que ela é inocente, posso te dizer isso."
"Ela não tem nada a ver com o financiamento do Catar, nada, explícita e inequivocamente", disse Dimitrakopoulos à Open TV em um primeiro comentário público.
Vários estados da UE, incluindo a Alemanha, disseram que a credibilidade da união de 27 nações está em jogo. Os países que enfrentaram críticas da assembléia, incluindo a Hungria, membro da UE, disseram que ela perdeu a superioridade moral.
"A partir de agora, o Parlamento Europeu não poderá falar sobre corrupção de maneira crível", escreveu o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, no Facebook.
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