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INTERNACIONAL Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024, 14:39 - A | A

Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024, 14h:39 - A | A

Crise política

Líder da oposição na Geórgia é espancado e levado por policiais

Nika Gvaramia, líder da Coalizão para a Mudança, foi carregado pelos braços e pernas rua abaixo pelos agentes

G1

O líder de um dos quatro principais partidos de oposição da Geórgia foi detido pela polícia após ser espancado até perder a consciência na capital Tbilisi, informou seu partido nesta quarta-feira (4), em meio a relatos de operações policiais contra outros partidos de oposição.

O partido Coalizão para a Mudança publicou um vídeo na rede social X (antigo Twitter) mostrando Nika Gvaramia, líder do partido, recebendo pontapés e socos e sendo carregado pelos braços e pernas por vários homens encapuzados rua abaixo, até ser colocado dentro de um carro. As imagens também foram compartilhadas pelo canal de TV pró-oposição Formula.

O partido afirmou que Gvaramia, um advogado e político de 48 anos, foi "jogado em um carro de detenção enquanto era fisicamente agredido e estava inconsciente".
O episódio ocorreu no meio da rua, na presença de veículos de imprensa. Gvaramia estava discutindo com policiais (alguns tinham uniforme escrito polícia em inglês, e outros em georgiano), quando os agentes partiram para cima dele. Uma dezena de homens tenta o imobilizar e impede a intervenção do público.

A polícia não respondeu ao pedido de comentário da Reuters e até o momento não houve manifestação de autoridades georgianas sobre a detenção, que ocorre em meio a seis noites de protestos contra a decisão do governo de suspender as negociações para a entrada do país na União Europeia.

Até o momento não há informações sobre o estado de saúde do líder opositor.

Atualmente, a Geórgia vive uma crise política com a oposição acusando o governo de adotar políticas cada vez mais autoritárias, antiocidentais e pró-Rússia. Os opositores alegam ainda que as eleições legislativas de outubro, vencidas pelo partido governista, foram marcadas por irregularidades.

A crise se aprofundou no dia 28 de novembro, quando o governo anunciou que iria congelar por quatro anos as negociações para que o país entre na União Europeia.

Autoridades judiciais acusaram a polícia de torturar manifestantes que foram presos durante os protestos. Além disso, os Estados Unidos condenaram o uso de "força excessiva" contra manifestantes.

Por outro lado, o primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, elogiou a ação da polícia, afirmando que os agentes demonstraram maior profissionalismo do que seus colegas da Europa e dos Estados Unidos.

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