Cuiabá, 01 de Setembro de 2024
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01 de Setembro de 2024

OPINIÃO Segunda-feira, 22 de Julho de 2024, 08:53 - A | A

Segunda-feira, 22 de Julho de 2024, 08h:53 - A | A

Guilherme Antonio Maluf

A situação dos planos municipais de saúde nos municípios de Mato Grosso

Como instrumento de planejamento, os planos municipais de saúde desempenham um papel fundamental na gestão da saúde pública.

Guilherme Antonio Maluf

O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, oferecendo acesso universal e integral à saúde para os brasileiros. Um aspecto fundamental para a eficiência do SUS é o planejamento estratégico, tático e operacional das ações de saúde.

Como instrumento de planejamento, os planos municipais de saúde desempenham um papel fundamental na gestão da saúde pública. Eles são instrumentos estratégicos que visam organizar e orientar as ações e serviços de saúde em nível municipal, de acordo com as necessidades da população local.

Ao definir metas e prioridades, o plano permite que os gestores públicos direcionem os investimentos de forma estratégica, priorizando áreas e ações de maior impacto para a saúde da população. Isso contribui para a otimização dos recursos e para a melhoria da qualidade dos serviços prestados.

Recentemente, a Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social do Tribunal de Contas de Mato Grosso (COPSPAS), atualmente por mim presidida, elaborou um estudo com o objetivo de analisar a situação dos planos municipais de saúde nos municípios, com base em dados oficiais disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

Os resultados mostraram que, dos 141 municípios de Mato Grosso, 89% (125 municípios) têm planos municipais de saúde aprovados ou em processo de análise, 5% (7 municípios) estão com os planos em elaboração e 4% (5 municípios) ainda não iniciaram a elaboração dos planos para o período de 2022-2025.

Os planos municipais de saúde aprovados abrangem a maioria dos municípios, incluindo a capital Cuiabá e regionais como Sinop e Rondonópolis. Entretanto, alguns municípios estão com os planos ainda em análise nos Conselhos de Saúde, como Araguaiana e Nova Xavantina. Outros, como Chapada dos Guimarães e São José do Xingu, ainda não iniciaram a elaboração dos seus planos.

A análise da situação dos planos municipais de saúde em Mato Grosso revela um cenário de desafios a serem superados. O planejamento deve ser elaborado com base em evidências, isto é com informações e dados fidedignos, que represente a realidade do município e com isso as ações e recursos atendam às necessidades reais da população.

Neste contexto, com o intuito de promover o aperfeiçoamento das políticas públicas por meio de uma gestão mais eficiente com os recursos disponíveis, o Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) em conjunto com diversos Tribunais, elaborará uma ferramenta que permita realizar o acompanhamento, monitoramento e avaliação dos planos municipais de saúde, permitindo que os gestores acompanhem o desempenho do município e façam os ajustes necessários.

É fundamental que os gestores públicos se atentem para a importância do plano municipal de saúde, vez que são eles que permitem uma melhor organização e direcionamento dos recursos, promovem a participação social, integram os serviços de saúde e contribuem para a melhoria da qualidade de vida da população.

Por fim, reforço que o TCE-MT tem realizado um diálogo permanente com os gestores municipais na busca por soluções que possam garantir a eficácia das políticas de saúde e a melhoria dos resultados alcançados.

*Guilherme Antonio Maluf é graduado em Medicina, com pós-graduação em gerência de cidades pela Faap e mestrando pelo IDP. Foi deputado estadual em Mato Grosso por mais de 20 anos e hoje, como conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), preside a Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social (COPSPAS).

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