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OPINIÃO Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024, 14:41 - A | A

Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024, 14h:41 - A | A

Arnaldo Sérgio Patrício

Cuidado com a diabetes infantil

Já o tipo 2 está geralmente ligado a fatores como excesso de peso e falta de atividade física, e também faz com que o corpo tenha dificuldade em usar a insulina corretamente.

Arnaldo Sérgio Patrício

Existem dois tipos principais: o tipo 1 e o tipo 2. O primeiro é mais comum em crianças e acontece quando o sistema de defesa do corpo, por engano, ataca as células do pâncreas que produzem insulina, o hormônio responsável por controlar o açúcar no sangue. Sem insulina, a glicose (açúcar) no sangue aumenta muito, o que pode ser perigoso.

Já o tipo 2 está geralmente ligado a fatores como excesso de peso e falta de atividade física, e também faz com que o corpo tenha dificuldade em usar a insulina corretamente.

Para as crianças com diabetes tipo 1, é preciso controlar o nível de glicose no sangue todos os dias, geralmente medindo várias vezes ao dia e aplicando insulina para manter os níveis normais. Isso pode ser feito com injeções ou usando uma pequena bomba de insulina. O tratamento exige muita atenção e os pais têm um papel importante para garantir que a criança siga todas as orientações.

Embora seja desafiador, a boa notícia é que hoje existem muitas tecnologias para ajudar no controle da doença. Por exemplo, aparelhos que monitoram a glicose continuamente e bombas de insulina que liberam a dose necessária de forma automática. Esses avanços ajudam muito a tornar o controle da diabetes mais prático e seguro.

Além disso, há pesquisas em andamento para desenvolver um “pâncreas artificial”, que poderia fazer todo o trabalho de controlar a glicose sozinho, sem precisar de tantas aplicações de insulina. Isso traria uma grande melhora na qualidade de vida das crianças.

Para as crianças com diabetes tipo 2, o foco é, principalmente, em mudanças na alimentação e no aumento da atividade física. Um estilo de vida saudável pode ajudar bastante a manter a glicose sob controle, e em alguns casos, até mesmo reduzir a necessidade de medicamentos.

Um ponto importante é que a diabetes não afeta só a criança, mas também toda a família. Os pais muitas vezes se preocupam muito e podem até sentir culpa ou medo. Por isso, é fundamental que as famílias recebam apoio e orientação para lidar melhor com a situação.

A diabetes infantil é uma condição que exige atenção diária, mas com os cuidados certos e o apoio médico adequado, as crianças podem viver bem e de forma saudável. Com o avanço da ciência, cada vez mais ferramentas e tratamentos estão surgindo para tornar a vida com diabetes mais fácil e menos limitada.

*Dr. Arnaldo Sérgio Patrício – Especialista em Medicina Interna e Radiologia.

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