Segundo o Rabobank, a safra 2025/26 de cana-de-açúcar no centro-sul do Brasil deverá atingir 580 milhões de toneladas. A seca prolongada e intensa, especialmente em São Paulo, tem afetado os canaviais, tornando o clima nos meses de verão um fator crucial para garantir essa estimativa. Com a recuperação das chuvas, espera-se que a qualidade da cana melhore, mas o desenvolvimento das lavouras ainda depende do clima até o final da estação. A seca atual exige atenção e reforça a necessidade de práticas de manejo e irrigação para proteger os canaviais contra futuras oscilações climáticas.
No mercado de combustíveis, o Rabobank prevê que os preços internacionais do petróleo continuarão pressionados em 2025, desde que o conflito no Oriente Médio não se agrave. Com isso, os preços internos da gasolina e do etanol tenderiam a permanecer controlados, limitando altas significativas em comparação aos níveis de 2024. Essa estabilidade relativa nos preços dos combustíveis influencia diretamente o mercado de etanol, que enfrenta menor margem de valorização.
Diante desse cenário, a tendência é que o setor de cana-de-açúcar volte a priorizar a produção de açúcar em detrimento do etanol na safra 2025/26, estratégia conhecida como maximização do mix para açúcar. Os recentes investimentos nas usinas, especialmente em novas capacidades de cristalização, combinados a uma possível melhora na qualidade da cana, poderão elevar a proporção de cana destinada à produção de açúcar para 52%, aproveitando o contexto favorável ao adoçante no mercado internacional.
“Projetamos a produção de etanol de cana em 23,1 bilhões de litros em 2025/26, 9% a menos do que a produção estimada em 2024/25. A produção de etanol de milho deve continuar crescendo, de 8,0 bilhões de litros em 2024/25 para 9,3 bilhões de litros em 2025/26, conforme nossa projeção preliminar”, conclui.
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