Índios da etnia Rikbaktsa das aldeias de Juara e Cotriguaçu, a 690 km e 920 km de Cuiabá, começaram a colheita de castanha-do-Brasil, principal fonte de renda das comunidades. A expectativa neste ano é colher em torno de 80 toneladas.
A colheita termina em abril de 2019 e quase toda a safra já foi comercializada no mercado local, em Mato Grosso e no Paraná. Todos os frutos colhidos são estocados em armazéns distribuídos nas aldeias dos dois municípios. Em Juara, os índios formam a comunidade Japuíra. Já em Cotriguaçu fica a comunidade Escondido.
Ao todo, 90 índios participam da Associação Indígena Rikbaktsa Tsirik, que faz o planejamento da safra e a comercialização do produto em parceria com o Projeto Pacto das Águas. O planejamento da safra nas comunidades indígenas faz parte do ciclo anual, que inclui oficinas de boas práticas de coleta e armazenamento e análise da qualidade dos estoques.
Este ano, os indígenas solicitaram R$ 40 mil da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para compor um estoque de 10 toneladas. O recurso é destinado para formação de estoque e capital de giro para garantir a subsistência até que os recursos oriundos da colheita desta safra cheguem até as comunidades.
Com o apoio institucional do projeto Pacto das Águas, as associações de indígenas estabelecem estratégias de fortalecimento da cadeia produtiva, além de proteger a floresta. A parceria dos indígenas com diversas instituições têm garantido a qualidade de vida das comunidades.
“Nosso objetivo é preparar as comunidades para o contato direto e justo com os compradores, além de ajudá-los a buscar recursos junto ao Governo Federal”, destacou Emerson de Oliveira, coordenador do projeto Pacto da Águas.
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