Para a agricultura mato-grossense, 2016 foi um ano “sem precedentes” nas palavras do atual presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), Rui Prado, que transfere em 2017 o comando da entidade ao presidente eleito Normando Corral. Nesta quarta-feira (14), Prado falou aos jornalistas sobre as perspectivas para o segmento estadual no próximo ano e fez uma retrospectiva do último.
Após registrar quebra de 8 milhões de toneladas na temporada 2015/2016, a expectativa dos produtores é compensar as perdas com o acréscimo na produção de soja (9,6%), milho (32,4%) e algodão em pluma (10,8%), além de expansão do rebanho bovino - de 15,2% no de fêmeas e 0,2% no de machos - e de suínos (4,8%), como projeta o Imea, vinculado à Famato.
“Em 2016 tivemos quebra na 1ª safra (soja), na 2ª (milho) e também de algodão”, pontua Prado. “Também houve redução no confinamento e no volume de abates. Em resumo, foi um ano fora da curva, já que vínhamos com produção ascendente”, relembra. “Quando falamos da próxima safra, estamos cautelosos, de olho no mercado e no clima. Mas, a safra de soja está indo bem, foi plantada no período ideal”.
Dessa forma, favorece o plantio do milho. Ao traçar o histórico da safra de soja e milho em Mato Grosso e a expectativa para 2017, o gestor técnico do Imea, Ângelo Ozelame lembra, que em 2016 houve aumento do escoamento da produção pelos portos do Norte do Brasil, os preços alcançaram patamares inédi-tos em Mato Grosso, mas os problemas surgiram com a quebra de safra e o aumento do custo de produção.
No próximo ano, o escoamento da produção (superior aos volumes de 2016) pelo eixo Norte do país continuará evoluindo. Contudo, o custo de produção será recorde, tanto para soja quanto para o milho.
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