O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) recebeu na última semana, representantes da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará). O encontro teve como objetivo avaliar os dados obtidos a partir do levantamento das propriedades rurais na divisa entre Mato Grosso e Pará, um trabalho importante na delimitação da zona livre de febre aftosa sem vacinação, em maio de 2020.
Entre o período de 27 de agosto a 13 de outubro, equipes do Indea e da Adepará visitaram 528 propriedades localizadas nos municípios de Vila Rica (MT), Santa Terezinha (MT), Paranaíta (MT), Guarantã do Norte (MT), São Félix do Xingú (PA), Cumaru do Norte (PA), Santana do Araguaia (PA), Jacareacanga (PA), Altamira (PA) e Novo Progresso (PA), onde foram coletadas coordenadas geográficas, atualização cadastral, educação sanitária junto aos produtores, vigilância veterinária e aplicação de questionário para análise do trânsito de animais e subprodutos, vínculos com outros estabelecimentos e conhecimentos dos produtores rurais sobre o Plano estratégico e suas implicações.
Vários critérios serão levados em conta para a delimitação da zona livre de febre aftosa sem vacinação, dentre elas barreiras naturais, a não inviabilização da atividade econômica, visando a efetividade das medidas de contenção de trânsito equilibrada com o menor impacto possível para os produtores na região. Ainda serão realizadas reuniões com os produtores rurais da região, com as Equipes Gestoras Estaduais do Plano Estratégico 2017-2026 de ambos estados para refinar a proposta da delimitação da Zona que será apresentada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Assim que o Bloco II deixar de vacinar o seu rebanho, em 2020, não poderão receber animais suscetíveis – bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, suínos e outros – de Mato Grosso e seus produtos in natura.
Blocos
O Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) prevê a retirada total da vacinação no país até 2023. Os estados foram divididos em cinco blocos pecuários para que seja feita a transição de área livre da aftosa com vacinação para sem vacinação. Integram o Bloco I, Acre e Rondônia; o Bloco II: Amazonas, Amapá, Pará e Roraima; o Bloco III: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte; Bloco IV: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins, e; Bloco V: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
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