Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que em 2017, quase 1,7 milhão de pessoas perderam a vida por causa da tuberculose. No Brasil, no último ano, foram registrados 75 mil novos casos da bactéria, o que representa um terço dos casos em todas as Américas.
Estima-se que a maior incidência da doença ocorra em portadores do vírus HIV, em decorrência da baixa imunidade do organismo dessas pessoas. Em Mato Grosso, de acordo com o último levantamento da Secretaria da Saúde do estado divulgado em novembro de 2017, o número de novos casos registrados foi de 640, configurando um aumento de 255% do vírus HIV.
A tuberculose é uma doença infecciosa que atinge vários órgãos. A detecção precoce pode ser feita por meio de um simples exame de sangue. Segundo Tatiana Veloso, pneumologista que integra o corpo clínico do Cedic Cedilab, laboratório da Dasa, a doença não se restringe aos pulmões. “Ela pode atingir, por exemplo, a coluna, os rins, e os ossos”, explica.
DIAGNÓSTICO
O exame Quantiferon é o diagnóstico mais indicado para quando os sintomas da tuberculose ainda não se manifestaram. Ele é feito com uma amostra de sangue do paciente que irá entrar em contato com antígenos que proporcionam a reação da infecção dentro do próprio tubo de análise.
Isso auxilia a obter o resultado preciso para a tuberculose latente. Sendo indicado principalmente para grupos de riscos que podem contrair a doença com maior facilidade, como os portadores da imunodeficiência adquirida, profissionais da área de saúde, e crianças que tiveram contato com pessoas infectadas pela tuberculose na fase ativa.
O diagnóstico vem por meio de um exame laboratorial rápido e eficaz, que evita falsos positivos, sendo considerado um avanço na identificação da tuberculose latente.
A DOENÇA
A doença é atribuída à bactéria Mycobacterium Tuberculosis, transmitida via tosse, espirro e fala de uma pessoa que esteja contaminada, podendo intensificar a permanência no corpo de quem apresenta hábitos de má alimentação, má higiene e alta ingestão de bebidas alcoólicas. “A tuberculose é passada pela troca de ar contaminado com quem está com a doença ativa”, alerta Veloso.
TRATAMENTO
O tratamento para a tuberculose ativa é feito com prescrição de antibióticos, e dura seis meses. Se seguido corretamente, a chance de cura é grande. “Devido ao longo período tomando a medicação, muitas pessoas costumam abandonar o tratamento antes da hora, seja por falta de orientação, ou por já melhorarem os sintomas rapidamente. Esse abandono do tratamento significa um enorme risco para a população, já que a tuberculose é contagiosa”, destaca Tatiana.
PRINCIPAIS SINTOMAS
- Tosse constante por mais de duas semanas com secreção (pus ou sangue);
- Fraqueza e cansaço excessivo;
- Febre vespertina e a perda rápida de peso;
- Dificuldade de respirar, e outras complicações pulmonares.
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