A Secretaria de Saúde de Cuiabá, através do Programa DST/AIDS e Hepatites Virais, vêm intensificando o trabalho desenvolvido nas unidades de saúde, realizando palestras para conscientização da população em relação às DTS’s. As ações incluem também capacitação para os profissionais da rede e disponibilização do serviço de testagem rápida, como forma de prevenção.
Isso porque segundo os dados da secretaria, os casos de infecção por AIDS tiveram um aumento de 27,62%, comparado ao ano de 2015. No ano passado foram registrados no Serviço de Assistência Especializada (SAE) 385 casos, já neste ano, só no primeiro semestre, foram notificados 231 casos.
Outra doença que teve aumento de contaminação na capital foi a sífilis, que é uma infecção bacteriana, de caráter sistêmico, curável, tem o contato sexual como principal via de transmissão, seguido pela transmissão vertical , que se dá quando a gestante, acometida por sífilis, deixa de ser tratada ou é tratada inadequadamente.
De acordo com os dados, a faixa etária das pessoas que mais se contaminam varia entre 18 a 40 anos, havendo uma grande diferença no quantitativo de homens infectados comparado as mulheres, em media 78%. Essa maior incidência acontece com homens que fazem sexo com homens.
“O sexo anal é a via de maior contaminação tanto para HIV como para sífilis, isso porque devido à vascularização e ocorrência de fissuras, por ser um local impróprio para o sexo, o vírus entra em contato com o sangue indo para corrente sanguínea e acontecendo a infecção”, explicou a coordenadora técnica do Programa DST/AIDS e Hepatites Virais, Mariella Padilha.
O não uso da camisinha é um dos principais motivos que levam à contaminação. Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde aponta que 53% da população da região Centro-Oeste assumiu não usar preservativos em todas as relações sexuais, com parceiros casuais.
“As unidades de saúde fazem a distribuição de insumos e realizam campanhas como a do Dia Mundial de Luta contra a AIDS, que acontece em 1º de dezembro, para fortalecer ainda mais o combate e prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis”, Mariella Padilha.
Para as pessoas que se predisporão ao risco de adquirir o HIV e sífilis, através do sexo sem preservativo, a rede de saúde disponibiliza serviços como o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado nas Policlínicas do Planalto, Verdão e Coxipó. Nesses locais as pessoas realizam o teste rápido, para detectar a infecção. Se o resultado for positivo são encaminhadas para o Serviço de Assistência Especializada para tratamento e acompanhamento (SAE).
O SUS disponibiliza tratamento gratuito com medicações antirretrovirais para os casos de HIV/AIDS, exames de controle de carga viral, CD4 E CD8, acompanhamento com médicos especialistas como infectologista, hepatologista entre outros, e administração de medicação para tratamento de sífilis primária e acompanhamento das gestantes com sífilis para prevenir à sífilis congênita.
Esse atendimento é realizado no SAE, que é uma unidade de saúde com atendimento ambulatorial com Serviço Especializado em HIV/AIDS, Hepatites Virais e outras infecções sexualmente transmissíveis, prestando assistência ao usuário de forma humanizada com uma equipe multiprofissional composta por enfermeiros, médicos especialistas, serviço social, psicólogos entre outros.
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