O varejo mato-grossense vendeu 7,9% a menos no 1º semestre deste ano, comparado com igual intervalo de 2015. A retração é ainda maior, de 10% com a inclusão dos segmentos de veículos e materiais de construção. Contudo, a receita nominal de vendas no varejo restrito acumulou alta de 3,7%. No varejo ampliado, a receita nominal retraiu 1,7%, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda nas vendas foi observada em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, com as maiores retrações no Amapá, onde despencou 20,9% no varejo restrito e 19,3% no varejo ampliado. No país, o varejo registra baixa de 7% nas vendas e alcança taxa negativa de 9,3% com a inclusão das lojas de veículos e materiais de construção.
Em junho, mês de celebrações nacionais como o Dia dos Namorados (12) e festas religiosas - Santo Antônio (13), São João (24) e São Pedro (29) - as vendas caíram 7,8% em Mato Grosso. Ao considerar o desempenho das lojas de materiais de construção e veículos, o resultado mensal é negativo em 9,7%. Apesar dos índices inferiores aos registrados no ano passado, em junho a retração nas vendas no Estado foi menos acentuada se comparada a maio, quando as vendas encolheram 11,5% no varejo restrito e 11,4% no ampliado, apesar do Dia das Mães, considerada a 2ª melhor data para o comércio.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Cuiabá, Ruyter Barbosa, o consumo não caiu tanto em junho por causa das datas comemorativas e devido aos descontos mais agressivos adotados pelos lojistas. “Mas só acreditaremos numa retomada das vendas quando o país voltar à estabilidade”. Ele admite que os comerciantes estão receosos quanto ao desempenho em agosto, marcado por mais uma data comemorativa, o Dia dos Pais. “Em julho houve uma pequena recuperação (nas vendas)”. O presidente da CDL antecipa que para este mês a entidade prepara uma campanha para estimular as vendas.
Na comparação com junho de 2015, as vendas do comércio varejista no 6º mês deste ano recuou 5,3% em todo o país e com taxas negativas em todas as atividades pesquisadas. Por ordem de contribuição na taxa global, o IBGE destaca o segmento supermercadista, de produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,9%), móveis e eletrodomésticos (-9,7%), combustíveis e lubrificantes (-8,9%), e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,4%).
As demais atividades em queda foram tecidos, vestuário e calçados (-3,7%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-18,3%), artigos farmacêuticos e perfumaria (-2,1%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-18,3%).
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