O terrorismo e a segurança cibernética são ameaças crescentes para os grandes eventos esportivos, como Copa do Mundo e a Olimpíada. A advertência foi feita ontem pelo secretário-geral da Interpol, Jurgen Stock, numa conferência sobre segurança internacional realizada em Doha, no Catar. Outro grave problema é o perigo representado pelos hooligans.
“Infelizmente estas ameaças estão crescendo”, alertou Stock. “Estão se internacionalizando e são cada vez mais complexas, o que requer mais do que nunca o reforço da cooperação entre diferentes agências.”
O Catar vai receber a Copa do Mundo de 2022. No ano que vem, o Mundial será na Rússia, que demonstra grande preocupação com os riscos do terrorismo, principalmente depois de ameaças recentes feitas pelo Estado Islâmico, como o Estado mostrou na edição de domingo. Autoridades russas estão adotando rigorosas medidas de segurança. O efetivo policial receberá reforço e, além dos estádios, locais públicos como o metrô terão detectores de metais e revista. A Interpol está colaborando nas investigações, visando identificar possíveis terroristas estrangeiros.
Outra preocupação imediata na área de segurança é com a Olimpíada de Inverno, no início do ano que vem na Coreia do Sul. Além do terrorismo, a ameaça cibernética está maior, garante Stock. Ele deu como exemplo os ataques contra os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
A preocupação com os hooligans tem como base atos constantes de violência e as muitas cenas de vandalismo registradas na Euro-2016, na França. Naquela competição, os hooligans russos foram responsáveis por várias ações violentas. O governo russo diz ter estratégia para neutralizá-los na Copa. Na mesma conferência em Doha, Hassan al-Thawadi, secretário-geral da Copa do Catar, assegurou que o Mundial de 2022 “será seguro”.
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